Caxias do Sul

Metalúrgicos de Caxias do Sul e região discutem proposta de dissídio coletivo neste sábado (20)

Categoria mantém prioridade para redução no desconto do VT e auxílio-creche para homens. Simecs propõe 3,5% de reajuste salarial

Foto: Divulgação
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O Sindicatos dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e região (Sindmetalúrgicos) realiza uma plenária sobre o dissídio coletivo 2024/2025, neste sábado (20). A assembleia começa às 9h30, na sede da entidade, e será transmitida ao vivo pelo Facebook do sindicato.

A categoria tem duas reivindicações principais. Uma delas é a redução do valor descontado do trabalhador a título de vale transporte. A segunda é a implementação do auxílio-creche para os trabalhadores.
Conforme o presidente Assis Melo, a aprovação dessas duas cláusulas é condição fundamental para o fechamento do acordo coletivo.

“Sem a aprovação destas duas cláusulas, não tem acordo,” afirma.

A direção do sindicato alega que, na discussão do dissídio do ano passado, teria ficado acertada a negociação destas duas reivindicações, por parte do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs).

Em 2023, o acordo coletivo acabou sendo mediado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4).
Metalúrgicos já rejeitaram por unanimidade proposta de 3,5% do sindicato patronal

A pauta da Campanha Salarial deste ano foi entregue para o sindicato patronal ainda em abril. Em uma assembleia realizada no dia 29 de junho, os metalúrgicos rejeitaram, por unanimidade, a proposta de 3,5% de reajuste apresentada pelo Simecs.

O que diz o Sindmetalúrgicos sobre as duas cláusulas:

Auxílio-creche

‘Ter o direito a creche negado: essa é a realidade de muitas crianças filhos de casais onde apenas o pai é metalúrgico. Poder deixar a criança aos cuidados de um ambiente propício, auxilia no desenvolvimento infantil e dá segurança aos pais para poder trabalhar sem preocupações. E isso deve ser um direito da criança, não apenas da mãe que trabalha em uma empresa metalúrgica.
Quando esse direito é garantido para a criança, o trabalhador ou a trabalhadora pode contar com um local confiável para deixar seus filhos, os pais podem se dedicar às suas atividades profissionais com tranquilidade, sabendo que eles estão bem cuidados e em um ambiente estimulante”.

Redução no valor do vale-transporte

“O vale-transporte é um benefício que permite aos trabalhadores e trabalhadoras ter condições de ir e voltar de seu local de trabalho. É uma obrigação legal que leva o empregador a antecipar a cada funcionário o valor necessário para o seu deslocamento a cada mês.
Porém, é descontado 3,5% do salário do trabalhador, ou seja, o trabalhador paga para ir e voltar de seu local de trabalho. O impacto do desconto do vale transporte no orçamento já apertado de quem trabalha é muito alto. O trabalhador não tem condições de pagar esse percentual. Está pagando para se deslocar até a empresa e voltar para casa Esse valor precisa urgentemente ser reduzido”.

Proposta do Simecs

A proposta do sindicato patronal, presidido pelo empresário Ubiratã Rezler, foi definida durante uma assembleia, no dia 28 de junho. Além dos 3,5% oferecidos de reajuste salarial (INPC do período foi de 3,34%), o Simecs propôs as seguintes cláusulas:
– Redução do Auxílio transporte de 3,5% para 2,5%;
– Proposta de criação de um comitê entre os dois sindicatos para estudar alternativas futuras para a reivindicação da ampliação do auxílio creche para os homens;
– Autorização do início das férias coletivas, para as empresas que assim optarem, na segunda-feira (23/12 ou 30/12), visto que o feriado de Natal e Ano Novo serão em uma quarta-feira.