JOGANDO MAL

Mesmo com atuação fraca, Inter marca no final e vence o Maracanã-CE pela Copa do Brasil

Colorado errou pênalti e teve dois gols anulados pelo VAR, mas garantiu a vitória com um gol nos acréscimos

Foto: Adroir Fotógrafo
Foto: Adroir Fotógrafo

É bem verdade que o Inter jogou muito pouco. Mas também faltou sorte. O Colorado errou pênalti, teve dois gols anulados e sofreu até o final, mas conseguiu vencer por 1 a 0 o Maracanã – que disputa a Série D do Brasileirão –, nesta terça-feira no Beira-Rio, pela Copa do Brasil. O jogo de volta está marcado para 22 de maio, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza.

Cumprindo a promessa, Roger Machado deixou alguns jogadores importantes de fora. Vitão, Bernabei e Bruno Henrique nem concentraram. Alan Patrick, por sua vez, começou no banco de reservas. Mesmo descaracterizado, o Inter alugou o campo do Maracanã e praticamente não saiu dele em todo o primeiro tempo. Ficou com a bola e tentou encontrar alguma brecha na defesa cearense.

O problema é que raramente encontrou, irritando a torcida. Aos 31 minutos, Tabata cruzou e Wesley marcou de letra, mas o VAR anulou o lance porque o atacante estava impedido. Depois, aos 45, Aguirre recebeu um passe de Wesley dentro da área e chutou. O goleiro Rayr defendeu meio no susto, impedindo o gol colorado. No finalzinho, aos 49, o centroavante Bravo puxou um contra-ataque e, acossado por Victor Gabriel, errou o alvo.

Apesar da postura excessivamente defensiva do adversário e do fato de o Inter usar um time misto, a criação ofensiva dos colorados foi muito aquém do esperado na primeira etapa. Faltaram inspiração e força. “Hoje é um jogo de paciência. Eles vieram para se defender, mas temos que jogar com inteligência”, resumiu Tabata, no intervalo.

O jogo seguiu complicado para o Inter no segundo tempo: insistindo, mas sem qualquer lampejo de criatividade. Aos 11 minutos, Roger começou a usar o banco de reservas. Primeiro, colocou Gustavo Prado e Vitinho, abrindo mão de Rogel e Tabata.

Gustavo Prado chutou de longe aos 20 minutos e acertou de raspão a trave. Foi o primeiro arremate do segundo tempo. Em seguida, aos 21, entraram Alan Patrick e o garoto Raykkonen, de apenas 16 anos, que veio do sub-17 direto para o time principal. O Inter não chegou a melhorar, mas, aos 28 minutos, Wesley sofreu pênalti. Alan Patrick cobrou fraco, e o goleiro Rayr fez a defesa, transformando-se no principal herói da noite.

Provando que a noite não era positiva, aos 35 minutos, Raykkonen aparou cobrança de escanteio e marcou o gol. Após análise do VAR, o lance foi estranhamente anulado após sete minutos. No finalzinho, aos 47, Gustavo Prado marcou. Mas, dando um toque final de tensão, o gol só foi validado após 5 minutos de análise do VAR.

COPA DO BRASIL – 3º FASE

Inter 1
Anthoni; Aguirre, Rogel (Gustavo Prado), Victor Gabriel e Ramon; Fernando e Thiago Maia; Bruno Tabata (Vitinho), Óscar Romero (Alan Patrick) e Wesley; Enner Valencia (Raykkonen). Técnico: Roger Machado.

Maracanã 0
Rayr; João Carlos, Jairo, Wendel (Edmar) e Leandro; Michel Pires, Rafael Mandacaru, Rogério (Jair Berlitz) e Wilker (Anderson Santos); Davi Torres (Testinha) e Adaílton Bravo (Taumaturgo). Técnico: Júnior Cearense.

Árbitro: Bruno Pereira Vasconcelos, auxiliado por Alessandro Alvaro Rocha de Matos, Daniella Coutinho Pinto e Roger Goulart. Local: estádio Beira-Rio. Renda: R$ 156.488,00 Público: 16.145 (14.800 pag.). Gols: Gustavo Prado.

Fonte: Correio do Povo