Comportamento

Médicos credenciados ao IPE-Saúde mantêm greve e decidem pelo licenciamento temporário

A decisão foi tomada por 85% dos presentes na Assembleia Geral Extraordinária

Médicos credenciados ao IPE-Saúde mantêm greve e decidem pelo licenciamento temporário

Os médicos credenciados ao IPE Saúde (Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul) decidiram manter as atividades paralisadas até o dia 23 deste mês – quando voltarão a se reunir em assembleia – e também pelo licenciamento temporário por 30, 60 ou 90 dias. A deliberação aconteceu durante assembleia geral extraordinária realizada na noite de terça-feira (2), no auditório do Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre, com 85% dos votos favoráveis à manutenção da greve.

“Acreditamos na autonomia do profissional e estamos disponíveis para auxiliar tanto no licenciamento temporário quanto, até mesmo, no descredenciamento. Queremos que haja o bom-senso do governo e que ele seja célere nas propostas, pois esse é um movimento sério dos médicos na busca do reconhecimento à altura do trabalho realizado”, afirmou o presidente do Simers, Marcos Rovinski.

Na abertura da assembleia da categoria, ele fez um relato sobre as ações do Simers junto ao governo gaúcho para buscar o aumento dos valores pagos pelos procedimentos médicos e hospitalares, que estão sem reajuste há 12 anos.

“A nossa mobilização foi essencial para que os gestores do Estado encaminhassem a proposta de reestruturação do IPE Saúde. Sou médico credenciado há mais de 40 anos e nunca vi nada igual para garantir a valorização dos profissionais”, declarou Rovinski.

Mobilização inédita

Assim como os médicos participantes da Assembleia, o presidente do Sindicato destacou o ineditismo do movimento da categoria. “A nossa mobilização foi essencial para que os gestores do Estado encaminhassem a proposta de reestruturação do IPE-Saúde. Sou médico credenciado há mais de 40 anos e nunca vi nada igual para garantir a valorização dos profissionais”, comemora.

Desde o dia 10 de abril, os profissionais iniciaram uma intensa mobilização que busca reverter o congelamento de 12 anos nos honorários médicos e de procedimentos hospitalares, uma defasagem que reflete na desvalorização da categoria e vem resultando no desinteresse dos médicos em continuar atendendo pelo plano.

Presenças

Além dos mais de 200 médicos que participaram de forma on-line da AGE, estiveram presentes na sede do Sindicato o vice-presidente da entidade, Marcelo Matias; o diretor-geral, Fernando Uberti; o diretor de Interior, Luiz Alberto Grossi; o presidente do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), Carlos Sparta; o ex-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade; além das assessorias jurídica e política do Simers.

*Com informações do Simers