Maria Eduarda Stumpf, de 18 anos, deu mais um passo rumo às Paralímpiadas de 2024, em Paris. A jovem parataekwondista, que representa a Associação Caxiense de Taekwondo (ACTKD)/UCS, conquistou, na quarta-feira (30) a medalha de ouro no Grand Prix disputado justamente na capital francesa, e que reuniu as 12 melhores atletas do ranking mundial.
Com a vitória, Maria Eduarda somou 60 pontos e pulou para o terceiro lugar no ranking. Ela ainda tem outros dois Grand Prix a serem disputados neste ano. Em setembro no México e em outubro na China. Em entrevista ao Portal Leouve na tarde desta quinta (31), o técnico Daniel Brizotto comentou sobre como está a preparação da jovem parataekwondista.
“Nós estamos colhendo os resultados mais fortes agora em 2023. Em 2022 ela começou a subir no pódio nos eventos internacionais, mas com algumas oscilações, e agora ela começou a se firmar realmente com uma qualidade. E a gente foi sempre ajustando conforme a necessidade que tínhamos e que via que era o necessário”.
Também em setembro, a jovem disputará o Campeonato Mundial de Parataekwondo. E, em outubro, além do GP, a atleta embarcará para Santiago, onde disputará os Jogos Parapan-Americanos. Já em dezembro haverá outra competição de encerramento da temporada, em que somente os oito melhores do mundo participarão, de olho nos Jogos Paralímpicos de 2024.
O técnico da parataekwondista lembrou que o primeiro mundial de Maria Eduarda Stumpf foi em 2021, quando o cenário já se mostrou favorável para que a atleta brigasse por uma vaga nas Paralímpiadas de 2024.
“Estamos dando passos importantes, firmes, mas a gente tem muita coisa para conquistar. Existem muitos pontos em disputa e a gente precisa se manter entre as seis melhores do ranking internacional e ser a melhor brasileira dentro desses seis”.
Vale lembrar que para os Jogos de Paris o Brasil só poderá levar uma atleta. Ou seja, caso duas brasileiras estejam entre as seis melhores do mundo, a comissão técnica analisará o desempenho do último ano. Hoje, Maria Eduarda Stumpf tem como principal concorrente Cristhiane Neves, do Rio Grande do Norte, mas que treina no Paraná.
“A Cris é uma atleta muito experiente, foi a primeira medalhista internacional que o Brasil teve. Elas são colegas de seleção brasileira, há um respeito muito grande pelo que ela é, faz e já fez. Mas, dentro desse cenário, é logicamente cada uma delas tem o seu objetivo, e vão buscar da melhor maneira chegar com muito respeito, que é o que a gente precisa dentro de uma disputa muito sadia”.
As rotinas de treinos são de segunda a sexta-feira, além de sessões também no final de semana. Maria Eduarda ainda recebe auxílios da própria Universidade de Caxias do Sul para melhorar o seu desempenho de olho em Paris.