Iniciada em setembro de 2021 pela gestão municipal de Bento Gonçalves, as obras na região de acesso ao bairro Santa Rita, na BR-470, seguem como um assunto corriqueiro na cidade. A rua Antônio Michelon, que escoa na BR-470, é a primeira via de entrada para Bento Gonçalves vinda da capital gaúcha, o que justifica a importância do local. Além de ser uma importante ligação com o Barracão, eliminando a necessidade de entrar pelo lado leste da cidade.
No início desta semana, a reportagem esteve no local e identificou que a obra de melhoria está sendo executada – em março ouvintes das rádios do Grupo RSCOM procuraram a equipe de reportagem para questionar se as obras haviam sido abandonadas ou paralisadas.
O projeto contará com o alargamento da pista nos dois lados, para quem transita no sentido da BR-470 para o perímetro urbano e quem sai da cidade pelo bairro buscando a rodovia federal. Procurada pela reportagem, a Diretora do Instituto de Planejamento Urbano (IPURB), Melissa Bertoletti informou que, “O projeto para intervenção foi submetido a aprovação do DNIT. A autorização do DNIT tem validade por um ano, podendo ser renovável. Assim como os outros acessos do município, a manutenção nesse trevo deve ficar a cargo do DNIT”.
No local, há uma placa informando sobre a obra de intervenção na Rua Antônio Michelon com a BR-470, na qual será feita a aplicação de “concreto betuminoso usinado a quente” (asfalto). A data de início é de 4 de abril, com duração prevista de 90 dias. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a conclusão “depende do andamento da obras, e as condições climáticas”.
Empresários reivindicam rotatória no Trevo Santa Rita
O que está dentro do cronograma original é o alargamento da pista em ambos os lados da BR-170, mesmo assim, empreendedores da região reivindicam uma rotatória. Consuelo Beccega Tres é uma das empresárias da região que conversou com o Grupo RSCOM sobre o assunto. Segundo ela, a escolha pela rotatória seria a mais correta por proporcionar maior fluidez ao trânsito, uma vez que a preferência da manobra é de quem está dentro dela.
“A gente aqui reivindica que se construam rotatórias simples, ao longo da rodovia no perímetro urbano, que são recursos práticos, baratos, e podem proporcionar uma fluidez no tráfego. Precisamos várias, em todos os acessos, até alguma mais onde a topografia permite, porque também temos uma região complicada, cheia de morros, cheia de buraco, mas precisa boa vontade de construir isso aqui no nosso trevo, principalmente, porque é um acesso importante, que traz da cidade um volume grande de carga. E, também, tem a tentativa de acessar a cidade com essas cargas, embora não seja prático, porque os caminhões carregados e grandes não conseguem subir as ladeiras que temos aqui na nossa região”. Como citado anteriormente, a região onde está localizada a obra do Trevo Santa Rita é a primeira entrada para a cidade de Bento Gonçalves quando condutores estão chegando de cidades como Porto Alegre.
Assim como ela, outros empreendedores da região também falaram sobre o assunto, como no caso de Elton Gialdi, que lamenta a ausência da BR-470 nas principais pautas dos órgãos públicos do Governo Federal.
” É extremamente necessário uma qualificação e melhoria de segurança na rotatória que nós temos no Trevo Santa Rita. Uma das grandes lutas da nossa parte, é que a rodovia BR 470 seja observada, que ela seja vista pelo governo federal, no sentido de entender que ela precisa entrar na lista, no holl de investimentos futuros pelo Governo Federal e pelo DNIT. Ocorre que, infelizmente, até o presente momento, o Governo Federal não deu a atenção necessária e devida para essa rodovia. A Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, na verdade, está tentando fazer um paliativo, uma melhoria que traga mais segurança de quem cruza a rodovia todos os dias. Então, eu acho que é válido e pode não ser o melhor. O melhor talvez seria um viaduto ou seria uma rotatória muito mais ampliada do que esta , mas eu acho importante e positivo quando ficar pronto”, relatou.
Consuelo também comenta que a intervenção que está sendo feita não é a solução ideal, uma vez que pouco auxiliará os caminhões que precisam subir pela Rua Antônio Michelon. Além de não ser algo seguro para quem precisa fazer a travessia no local. Ela também defende que a rodovia seja duplicada, para facilitar o trafego tanto de veículos leves, como os pesados.
A última resposta que o Grupo RSCOM recebeu do DNIT é de abril. “Quanto ao trevo do bairro Santa Rita, o DNIT informa que a Prefeitura de Bento Gonçalves propôs ao departamento a execução de melhorias com a implantação de faixas de desaceleração e aceleração no local, sendo que após análise, foi autorizada a realização das melhorias. As obras são realizadas pela Prefeitura de Bento Gonçalves com o acompanhamento do DNIT. Mais detalhes entrar em contato com a Prefeitura”, comentou o órgão.
Fotos: Marcos Cardoso/Grupo RSCOM