O anúncio de que o presidente Michel Temer convocou as forças armadas para garantir a livre circulação e a liberação das rodovias bloqueadas no país não desmobilizou os caminhoneiros que realizam manifestações na Serra Gaúcha. No início da tarde desta sexta-feira, dia 25, ao menos 20 pontos da região tinham mobilizações.
Na ERS-122, em Forqueta, mais de 350 caminhões seguem estacionados em pátios de postos de combustíveis e às margens da rodovia. Em Vila Cristina, no km 171 da BR-116, e no km 116 da RSC-453, entre Farroupilha e Bento Gonçalves, a situação é a mesma. Na RSC-453, inclusive, um grupo de 20 caminhoneiros que estavam concentrados em Garibaldi se uniram ao movimento. Outro ponto de grande mobilização dos caminhoneiros está na BR-470, nas proximidades do Posto do Avião.
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Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse não acreditar que os profissionais retornem tão cedo ao trabalho. “Este final de semana vai ser para montarmos as estratégias que adotaremos a partir de segunda-feira. Na minha visão, não vamos encerrar o movimento tão cedo”, declarou.
A paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil chega ao quinto dia nesta sexta-feira. A mobilização praticamente já terminou com o estoque dos postos de combustíveis do estado e também afeta a rotina de indústrias, do transporte coletivo urbano e até entidades como a Brigada Militar e a Polícia Civil. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), o setor supermercadista segue com dificuldades de abastecimento de todos os setores em todo o território gaúcho. Conforme a entidade, itens de mercearia, higiene, limpeza e bazar têm um estoque médio de segurança para 15 dias, o que vai garantir o abastecimento da população com estes produtos durante a próxima semana.
