
A Câmara de Dirigentes Lojistas -CDL Caxias do Sul recebeu com insatisfação a decisão do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (5), confirmando que as cidades gaúchas devem permanecer em bandeira preta até o dia 21 de março. .
Apesar de reconhecer a gravidade da situação na área da saúde, a entidade entende que a vida e a economia precisam estar atreladas. Segundo o presidente, Renato S. Corso, todo o comércio e todos os serviços são essenciais, sendo fonte de renda para milhares de famílias.
O dirigente também critica a decisão do governo do Estado em ter deixado a situação chegar a esta gravidade, que poderia ter sido evitada com medidas mais restritivas em épocas de Réveillon e Carnaval, por exemplo, quando grandes aglomerações aconteceram.
No dia último dia 03 de março, a CDL Caxias havia encaminhado sugestão para o Governo do Estado solicitando que os pequenos comércios pudessem atender com hora marcada e manter uma lista das pessoas que fossem atendidas (nome, endereço, telefone).
Entre as argumentações estavam que os estabelecimentos sequer poderiam receber valores que foram vendidos por crediário e que este dinheiro seria destinado para o pagamento de fornecedores, salários e aluguel. Entretanto, a sugestão não foi aceita pelo governador Eduardo Leite.
“Mais uma vez o comércio acaba sendo tratado como o vilão pelo Governo do Estado com essa prorrogação do fechamento das lojas. Nós estamos cientes da gravidade do momento e apoiamos as medidas para conter o avanço das internações, mas não podemos arcar sozinhos com essa responsabilidade.
O que temos buscado, desde o início da pandemia, é o equilíbrio entre as medidas restritivas e a própria sobrevivência das milhares de famílias que dependem do comércio. Temos uma visão mais global de que todo o comércio é essencial e não adianta fecharmos as portas enquanto outros setores acabam funcionando próximos à normalidade”, critica Corso.
Fonte: Assessoria CDL