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Mais de dois bilhões devem ser economizados com reduções de gastos no Brasil

Mais de dois bilhões devem ser economizados com reduções de gastos no Brasil Mais de dois bilhões devem ser economizados com reduções de gastos no Brasil Mais de dois bilhões devem ser economizados com reduções de gastos no Brasil Mais de dois bilhões devem ser economizados com reduções de gastos no Brasil
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O Ministério da Economia cortou despesas e limitou gastos como com café, estagiários e terceirizados para garantir o funcionamento de serviços essenciais. O impacto total das medidas, anunciadas hoje, será de R$ 2,16 bilhões, resultado de economia de R$ 366 milhões e de R$ 1,8 bilhão em remanejamento de recursos entre os órgãos.

Segundo portaria publicada na edição de hoje (22) do Diário Oficial da União, o ministério, autarquias e fundações vinculadas terão que adotar medidas para racionalização e redução de despesas com o objetivo de “preservar os serviços de fiscalização, arrecadação e a manutenção dos sistemas de tecnologia da informação relacionados à gestão corporativa; sistemas estruturadores; arrecadação tributária e aduaneira; Fazenda Pública e folha de pagamento da Previdência Social”.

A portaria determina que estão suspensas novas contratações relacionadas a serviços de consultoria; treinamento e capacitação de servidores; estágio remunerado; mão de obra terceirizada; aquisição de bens e mobiliário; obras, serviços de engenharia, melhorias físicas e alterações de leiaute; desenvolvimento de software e soluções de informática; diárias e passagens internacionais; insumos e máquinas de café; e serviços de telefonia móvel e pacote de dados para servidores, exceto para atividades de fiscalização.

Além disso, a portaria define que horário de funcionamento dos órgãos do ministério, autarquias e fundações vinculadas será das 8h as 18h e pode ser reduzido em 1h. De acordo com a portaria, esse horário não se aplica aos serviços essenciais, em especial o atendimento ao público, e ao funcionamento dos gabinetes do ministro da Economia e dos secretários e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Pacheco dos Guaranys, disse que foram feitos cortes em serviços que não são essenciais para a prestação de serviço ao cidadão. “São gastos internos da burocracia para que a gente possa, com esse recurso, focalizar naquilo que o ministério precisa para prestar o serviço para o cidadão”, disse. Ele acrescentou que haverá um trabalho contínuo de monitoramento das receitas e se o governo começar a arrecadar mais será possível “relaxar” os limites de gastos.

Guaranys acrescentou que a medida não é um “shuttdown” da máquina pública, como já ocorreu nos Estados Unidos, com o estado totalmente paralisado. “Isso não está acontecendo”, afirmou.

Neste ano, o Ministério da Economia sofreu bloqueio de 34,8% do orçamento, com limite de gastos passando de R$ 12,6 bilhões R$ 8,2 bilhões.

No mês passado, a menor previsão de crescimento da economia brasileira em 2019 fez a equipe econômica anunciar um novo bloqueio no Orçamento. O governo decidiu contingenciar mais R$ 1,443 bilhão de verbas do Poder Executivo. Com isso, o valor bloqueado do Orçamento de 2019 soma R$ 33,426 bilhões. Esse contingenciamento é necessário para que o governo alcance a meta de déficit primário (despesas menos receitas, sem considerar gastos com juros) de R$ 139 bilhões, neste ano.

O secretário de Orçamento Federal, George Alberto de Aguiar Soares, lembrou que a arrecadação foi “um pouquinho maior” em julho, mas pode ser “um ponto fora da curva”. Ele acrescentou que é preciso esperar mais tempo para ver se a tendência de aumento da arrecadação se consolida.

Fonte: Agência Brasil