
Mais de 600 delegados de um número superior a cem municípios debateram, desde a última sexta-feira (13), importantes deliberações no âmbito do cuidado a este público no Rio Grande do Sul, entre outros assuntos. A 4ª Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (4ª CESTT) foi promovida pelo Conselho Estadual da Saúde (CES) e Secretaria Estadual da Saúde (SES) . O evento encerrou neste domingo (15), no Hotel Embaixador, no Centro Histórico de Porto Alegre.
Para a presidente do CES, Inara Ruas, a principal intenção do evento foi aprimorar o Plano Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, existente no RS desde 2014, assim como se posicionar frente a decisões de investimentos do Estado na área. Ao todo, de acordo com ela, foram elencadas mais de 1,7 mil propostas, sistematizadas em grupos de trabalho em 96, tanto em caráter estadual, como nacional.
Em seguida, foram feitas votações para envio à 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, que ocorre em Brasília entre os dias 18 e 21 de agosto. Três eixos também foram discutidos: “Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora”, “As Novas Relações de Trabalho e a Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora” e “Participação Popular na Saúde dos Trabalhadores e das Trabalhadoras para o Controle Social”. A etapa estadual ocorre na sequência das municipais, regionais e uma livre.
Demandas e Investimentos na Saúde do Trabalhador
Conforme Inara, uma das propostas que estavam no caderno e aprovadas no evento encerrado neste domingo (15) exige que o governo invista o mínimo constitucional de 12% em ações públicas de saúde.
“Esta foi aprovada por unanimidade. Outra diz respeito à implementação da norma regulamentadora (NR-1), sobre o enfrentamento ao assédio no ambiente de trabalho, assim como ampliar o financiamento às vigilâncias em saúde ao trabalhador”, destacou ela.
De acordo com ela, há uma lei exigindo que o RS tenha 30 Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerests), uma por regional de saúde, porém o Estado conta com 11. Mesmo assim, é a unidade da federação com o maior número, segundo ela.
Fonte: Correio do Povo