Investir em mídias digitais é fundamental. Pode-se investir muito, como é o caso da Magazine Luiza, ou pouco. Mas ficar de fora não é opção para quem pretende competir no comércio de larga escala. Este o ensinamento do diretor executivo da Magazine Luiza Julio Cesar Trajano Rodrigue, que palestrou esta manhã no Congresso da Movergs. Ironizando, ele ainda recomendou, “se você matar alguém, coloque na segunda página do google, ninguém vai até lá”.
A cadeia de lojas do Magazine Luíza vem alcançando resultados invejáveis ao logo dos anos. Em maio tinha um caixa de 1,4 bilhões de reais. Quem comprou em 2015 um lote de 27 mil ações ao preço de um real cada uma, valor de um carro popular de então, teria hoje um resultado de R$ 7,8 milhões. O carro já estaria depreciado valendo R$ 17 mil.
Prestes a abrir 100 filiais no estado do Pará, o sobrinho de dona Luíza Trajano, a icônica líder da empresa, Júlio não dá margem a dúvidas: “não vamos abrir mão das lojas físicas, elas trazem o calor humano. Mas hoje 41% dos nossos negócios são feitos pela via digital e vamos crescer muito ainda”. No curto prazo, a intenção é criar um super APP oferecendo serviços de compras, pagamentos, serviços de transportes, compra de comida, jogos e redes sociais. E tudo visando fugir de gigantes como o google de intermediário e, é claro, vender mais. Aliás, Júlio pode entender de mídia digital, mas não nega ser um varejista. Em mais de uma ocasião convidou moveleiros a venderem seus produtos para os 50 milhões de seguidores das mídias sociais da Luiza.
A utilização das redes sociais chegou até ao , através do personagem Lú, que distribui matches e descontos na rede de encontros. Nas lojas, os gerentes e equipes ganharam um celular e fazem contato direto com seus clientes, inclusive cantando, fazendo teatrinho. Já foram produzidos 370 mil vídeos. O retorno é excelente: “numa campanha de um dia vendemos 8 mil colchões”.
A inspiração para expandir os negócios no âmbito digital Júlio busca na China que noâmbito do varejo digital será bem a frente dos EUA.
Outro número de impressionar: 82% das visitas e 72% das vendas digitais parte de um celular e não mais de um computador. Mesmo que o custo em logística seja elevado -“gastamos muito, mas muito mesmo com distribuição, porque já medimos que entre pagar menos ou receber antes o consumidor prefere a rapidez-”, a intenção é expandir atuando em novos segmentos: pneus, linha de bebês, construção, ferramentas, esporte e higiene.
Na abertura dos trabalhos da tarde o primeiro presidente da Movergs, recebeu uma placa em homenagem por sua visão e atuação das mãos do presidente Rogério Francio