Polícia

Mãe e padrasto são presos por tortura a menino de seis anos na Região Metropolitana

As prisões ocorreram pela manhã desta quarta-feira. Em depoimento, a vítima revelou ter permanecido por longas horas amarrada a cama.

Mensagens trocadas pelos presos foram divulgadas pela polícia.
(Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Mensagens trocadas pelos presos foram divulgadas pela polícia. (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A partir de uma investigação da Delegacia da Criança e do Adolescente de Canoas, foram presos a mãe e o padrasto por suspeita de agressões e tortura contra um menino de seis anos. Segundo a Polícia Civil, a alegação para o crime teria sido o mau comportamento da criança que supostamente estaria atrapalhando o relacionamento entre os dois.

Uma denúncia ao Conselho Tutelar levou a polícia a investigar o caso. Foram recolhidas provas da tortura, como fotografias da criança amarrada à cama. Em depoimento, a vítima revelou ter tido as mãos queimadas no fogão, além de ter permanecido por longas horas presa a cama, sem sequer poder ir ao banheiro.

Nesta quarta-feira (18) foram localizadas e apreendidas roupas da vítima, remédios supostamente usados para dopar o menino e também tecidos, que amarravam a criança à cama. A mulher, de 28 anos, foi presa em casa, em Canoas. Já o namorado dela, de 24 anos, foi preso em Campo Bom, no Vale do Sinos. Em depoimento, os dois apresentaram versões opostas para os fatos.

A mãe e o menino moravam na casa onde o crime ocorreu havia seis meses, enquanto há três ela namorava com o homem. A polícia acredita que o garoto vinha sendo submetido a torturas há pelo menos três meses.

Em troca de mensagens com o namorado, a mulher chegou a planejar uma forma de abandonar a criança. “Vou levar ele no hospital e dizer que está mal, com diarreia e vômito. Aí ele vai ficar para fazer soro, vou dizer que vou na rua comprar algo para comer e vou abandonar ele lá”, escreveu.

Após a investigação, o menino foi retirado da convivência dos presos e enviado para a casa de familiares. Os nomes dos presos não estão sendo divulgados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para preservar a identidade da vítima. Em depoimento, os dois apresentaram versões opostas para os fatos. Por isso, segundo a polícia, serão novamente ouvidos para esclarecimento dos fatos.