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Lula confirma que se entregará à Polícia Federal e diz que vai provar inocência

Lula estava acompanhado de aliados, inclusive a ex-presidente Dilma Rousseff
Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Lula estava acompanhado de aliados, inclusive a ex-presidente Dilma Rousseff Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
Lula estava acompanhado de aliados, inclusive a ex-presidente Dilma Rousseff  (Foto: Gabriela Biló, Estadão Conteúdo/reprodução)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, em um discurso no final da manhã para simpatizantes e apoiadores em frente ao sindicato dos metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), que vai cumprir o mandado de prisão contra ele decretado na qui n ta-feira, dia 5, pelo juiz Sérgio Moro e se apresentar à Polícia Federal ainda neste sábado, dia 7.

Diante de uma vigília que se estende em frente à sede do sindicato desde o decreto de Moro, Lula disse que vai se entregar para “transferir responsabilidades”, negou os crimes pelos quais foi condenado em segunda instância e disse que vai “provar inocência”.

O ex-presidente falou pela primeira vez que irá se entregar para a Polícia Federal. Ele participou de um ato em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia, que completaria 68 anos de idade neste sábado.

O ex-presidente em discurso em cima de um carro de som, estacionado em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo  admitiu cumprir a determinação da Justiça Federal, que o condenou a 12 anos e 1 mês de prisão.

“Eu vou atender o mandado deles, eu vou atender porque quero fazer a transferência de responsabilidade”, indicou Lula.

Ao final da fala, foi carregado nos braços por seus apoiadores, recebeu flores brancas e falou que “não vai baixar o pescoço”. Ao mesmo tempo, a multidão, que o acompanhava, cantava a canção Apesar de Você, de Chico Buarque

Em vários momentos no ato hoje em frente ao sindicato os militantes gritaram “não se entrega” ao petista. Lula tem sido bastante aplaudido e algumas pessoas no térreo do sindicato estão emocionadas.

O principal alvo do petista, porém, foi o juiz federal Sérgio Moro, a quem chamou de mentiroso. Lula estava ao lado da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), da ex-presidente Dilma Rousseff, do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), do ex-ministro Celso Amorim, da pré-candidata à Presidência pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, do pré-candidato do PSOL à Presidência, Guilherme Boulos, do governador do Piauí, Wellington Dias, do deputado Ivan Valente (PSOL) e de outros políticos e militantes do PT.