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Lula questiona possível "conivência" na fuga de Mossoró: "Cavaram um buraco e ninguém percebeu?"

Dupla fez uma família refém após a fuga do presídio

(Foto: Ricardo Stuckert / PR)
(Foto: Ricardo Stuckert / PR)

A fuga de dois presidiários da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, levantou preocupações sobre a segurança do sistema prisional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu que pode ter havido conivência de agentes prisionais na fuga, observando o fato de como os detentos conseguiram passar despercebidos.

As autoridades forneceram detalhes da dinâmica da fuga: os presos escalaram uma luminária, chegaram ao teto e acessaram o setor onde estava sendo feita a manutenção do presídio. Eles pegaram ferramentas de uma obra em andamento e encontraram uma brecha no local, saindo pela parede e cortando o alambrado com um alicate.

Lula destacou que, por ser a primeira fuga na história de uma penitenciária federal, isso pode indicar uma falha na segurança e afirmou que aguarda as investigações esclarecerem os detalhes. O ministro Ricardo Lewandowski, que está a caminho de Mossoró para acompanhar as buscas, confirmou a visita após a notícia de que a dupla fez uma família refém.

Os fugitivos, que foram encontrados sujos, descalços e desorientados, levantaram a esperança de que a recaptura seja iminente, segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

Nota em resposta à fuga

A Federação Nacional dos Policiais Penais Federais, representando os servidores dos cinco presídios federais do Brasil, emitiu uma declaração neste sábado, 17, em resposta à fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, durante a semana.

A categoria afirmou não haver evidência de planejamento prévio por parte da dupla, mas sim que os presos aproveitaram uma oportunidade e tiveram sucesso. A declaração visa refutar qualquer suspeita de favorecimento ilícito por parte dos servidores, que poderia ter contribuído direta ou indiretamente para a fuga. “É muito cedo para tirar essa conclusão”, ressaltou Gentil Nei Espírito Santo da Silva, presidente da federação, que considerou tais alegações como “irresponsáveis”.