Caxias do Sul

Lixo coletado pela Codeca está amontoado e é deixado a céu aberto em Caxias

Parlamentares estiveram na estação de transbordo da Codeca (Foto: assessoria vereador Renato Oliveira/divulgação)
Parlamentares estiveram na estação de transbordo da Codeca (Foto: assessoria vereador Renato Oliveira/divulgação)

Mau cheiro, proliferação de mosquitos e risco a saúde pública, são os fatores denunciados pela população aos vereadores de Caxias do Sul que motivaram a vistoria de uma comitiva na estação de transbordo da Codeca no bairro Cidade Nova.

Parlamentares estiveram na estação de transbordo da Codeca (Foto: assessoria vereador Renato Oliveira/divulgação)

Os resíduos de cerca de 15 dias, conforme o vereador Adiló Didomênico (PTB), que deveriam ter sido levados para o aterro Rincão das Flores, na localidade do Apanhador, estão amontoados a céu aberto, podendo causar danos ambientais e a saúde.

Segundo o parlamentar, imprevistos podem acontecer de um dia para o outro. Porém, para o vereador, mais de 80 carretas de lixo estão largadas na estação.

Lixo acumulado a céu aberto (Foto: assessoria vereador Renato Oliveira/divulgação)

“Em oito meses esta administração está conseguindo desmontar o trabalho de 30 anos, do cuidado, com o zelo com o lixo em Caxias do Sul. Começaram as denúncias para nós vereadores ainda na semana passada. Fomos lá e nós nos assustamos. A gente que tá acostumado a lidar com o lixo, nunca imaginei um desleixo, um descaso com a questão ambiental desta ordem. Tem, em torno, de umas 80 carretas de lixo estocado que começou há 14, 15 dias atrás. Ora, estes imprevistos podem acontecer de um dia pro outro, dois dias. Tu tens que providenciar caminhões locados ou quais forem as situações, lixo é emergência, por isso tem previsão legal”, salienta Adiló.

Amarilda Bortolotto, diretora-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul, desmente o vereador e diz que os resíduos não estão no local há duas semanas. De acordo com ela, uma carreta está fora de serviço desde março e outra foi para manutenção. Os trabalhos serão ampliados e o problema deve ser sanado até terça, dia 19.

“Resíduos de 15 dias não é verídico. Os resíduos que estão aí depositados são de dois dias. A Codeca está ciente. É uma situação excepcional e não estamos medindo esforços para que isso volta a normalidade evitando impactos ao meio ambiente a saúde dos funcionários. Temos 15 pessoas envolvidas nesta estação de transbordo. É uma situação inusitada em função de um sinistro com uma carreta em março e está em processo de licitação. Além disso, há 15 dias, uma carreta teve que retirada do tráfego para manutenção. De quatro carretas, estamos com duas operando. Porém, elas tiveram aumento de viagens. Estamos aumentado para três em cada turno e no final de semana para evitar o acúmulo de lixo. Trabalhando diretamente a gente vai reduzir, terça-feira a gente não ter mais nada a céu aberto”, diz.

A diretora-presidente da Codeca lembra que o local onde o lixo está depositado já foi um aterro.

“O objetivo da Codeca é evitar que a coleta nas ruas deixasse de ser feita. No local que está depositado, é apropriado para isso. Ele já foi um aterro, então tem toda a parte apropriada para receber o resíduo”, completa Amarilda.

A visita foi acompanhada pelos vereadores Renato Oliveira (PCdoB) que é presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara, Gustavo Toigo (PDT), Gladis Frizzo (PMDB), além de Adiló. O assunto deve voltar a ser debatido em sessões do legislativo na próxima semana.