A prefeita de Santa Tereza, Gisele Caumo, concedeu entrevista a reportagem do Portal Leouve na tarde desta segunda-feira (20), relatando como está sendo o processo de encarar pela segunda vez em menos de 3 meses, mais uma enchente na região.
“Realmente é difícil estar novamente vivenciando uma situação que nos remete a catástrofe. Em menos de 80 dias, duas situações, as maiores situações que nos remetem a momentos difíceis, a de 4 de setembro e agora, a esta de novembro e associadas a estas enchentes, nós temos também o temporal, que também atingiu Santa Tereza na última sexta-feira e que devastou de forma drástica várias comunidades do nosso interior”.
Gisele explica que a última ponte da cidade conseguiu ser liberada nesta segunda, pois a mesma estava com água por cima, explicando que os levantamentos condizentes aos prejuízos ainda não foram especificados, porque no momento o que se prioriza são as pessoas, e fazer com que as tenham condições dignas de retornarem para seus lares.
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“Nós ficamos até as 14h, sem energia elétrica e consequentemente sem fornecimento de água, agora dentro do perímetro urbano, grande parte da cidade já está com energia, já está com água, mas ainda nós sofremos muito porque as comunidades do nosso interior, 80% delas, encontram-se então sem energia e consequentemente sem água. Além de inúmeras barreiras nas estradas do interior, o que dificulta os acessos, a nossa estrada também, a RS-444, apresentando deslizamentos, barreiras também, o que impede também o tráfego com os municípios vizinhos”.
PREJUÍZO NO COMÉRCIO
Várias pessoas perderam tudo novamente. Um dos casos foi com a Claudete Lovani Haase, que teve seu restaurante duas vezes destruído pelas águas. Ela comenta que na primeira enchente ela não desistiu, porém, nesta segunda vez, irá limpar e entregar as chaves do estabelecimento.
“Não tem como continuar. Foi muitas despesas na enchente de 4 de setembro e agora, 18 de novembro perdemos tudo de novo e não temos mais como continuar. A gente perdeu praticamente tudo que tínhamos ganhado. E agora é só limpar e entregar as chaves. Em questão, a gente ficou 44 dias em reforma e gastamos todas as economias que tínhamos, fizemos empréstimo e tudo, e agora trabalhamos um mês e um dia e perdemos tudo de novo, aí quem que aguenta, não é?” finalizou.