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Líderes de facções são transferidos em operação no Presídio Central

Líderes de facções são transferidos em operação no Presídio Central

A operação Pulso Firme, deflagrada nesta segunda-feira, para coibir o crescimento do domínio de facções no sistema prisional terminou com a transferência de líderes de grupos ligados ao crime no Rio Grande do Sul. Agentes da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), policiais militares e civis cumpriram a ordem no Presídio Central em Porto Alegre.

De acordo com o secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, 20 presos foram transferidos para unidades de Charqueadas e Arroio dos Ratos. Cada presídio irá receber 10 detentos. Conforme o órgão, outros 140 presidiários serão realocados dentro do Presídio Central.

A ofensiva foi deflagrada depois que presidiários ficaram 10 dias vivendo no pátio do Presídio Central. A versão oficial, divulgada nesta segunda por Schirmer, é de que esses 140 detentos deixaram as celas e resolveram viver no pátio por livre e espontânea vontade, na intenção de pressionar as autoridades para que recebessem uma galeria própria.

Extraoficialmente, a informação é de que os detentos foram expulsos das galerias onde estavam após o líder da facção deles, o ex-traficante João Carlos da Silva Trindade, conhecido como Colete, ter sido morto no último dia 23. Ele foi executado na casa de familiares, no bairro Partenon. Colete era líder do tráfico na região da Vila Maria da Conceição conhecida como Baixada.

Reação do Poder Público 

Schirmer afirmou que a decisão de realizar a operação de transferência de presos foi tomada na quinta-feira e que a iniciativa poderia ter sido feito na semana passada, mas explicou que era necessário planejamento e organização para a intervenção.

“A operação foi realizada com êxito. Mostramos que o Poder Público tem condições de exercer a sua função, que é não ceder espaço para o crime. Não podemos aceitar a ideia de que detentos definam condutas e posições dentro de um presídio. Quando há recuo, a criminalidade avança. Realizamos a operação porque não vamos aceitar a inversão de papéis. O Poder Público é Poder Público e criminosos são criminosos, e precisam ser tratados como tal, como manda a lei”, salientou Schirmer.