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Padre e jornalistas são presos ao protestar contra regime de esquerda em Cuba

Padre e jornalistas são presos ao protestar contra regime de esquerda em Cuba

Os protestos que iniciaram ainda na noite do último domingo (11) na capital Havana resultaram de diversas pessoas feridas e prisões de lideranças e religiosas. Como o regime ditatorial de esquerda dos irmãos Castro em Cuba controla os meios de comunicação os próprios moradores tem postado informações via rede social twitter. Houve um apagão da internet e das telecomunicações no país desde a tarde da última segunda-feira.

Na cidade de Camagüey, o padre Castor Álvarez foi atingido e detido enquanto defendia manifestantes. O sacerdote está preso na delegacia de Monte-Carlo, em Camagüey, acusado de desordem pública. Em entrevista à ACI Prensa, o padre Rolando Montes de Oca, sacerdote da arquidiocese de Camagüey, disse que é difícil explicar a origem das manifestações que ocorrem em quase todo o país, “mas que há elementos que nos ajudam a entender”.

“A situação econômica neste momento é crítica e ficou ainda mais grave depois das medidas econômicas ditadas pelo governo no início do ano, que foram chamadas de ´reordenamento econômico´ ou algo assim, e que definitivamente tornou a vida muito mais difícil”, afirmou. “Temos uma inflação fora do comum. Cada vez é mais difícil conseguir produtos de primeira necessidade, como os alimentos. Há uma situação de pobreza material muito séria”, acrescentou.

De acordo com a ONG Human Rights Watch, 20 pessoas foram presas durante os protestos. Mas ativistas locais falam em 65 prisões só na capital. E na tarde de desta segunda, houve um apagão da internet e das telecomunicações no país. Num pronunciamento na TV estatal, Díaz-Canel culpou os Estados Unidos e o embargo econômico pela crise.

O presidente americano, Joe Biden, disse que o povo cubano está exigindo liberdade de um regime autoritário e pediu que o governo deixe de lado a violência e as tentativas de calar a voz do povo de Cuba. Numa rede social, o jornalista cubano Abraham Jiménez Enoa resumiu:

“Cuba é uma ilha liderada por militares há 62 anos. Não há mais comida, nem remédios e as pessoas morrem de Covid como se fossem moscas. Elas estão cansadas. De tanto perder, este país já perdeu até o medo.”