Caxias do Sul

Legislativo de Caxias do Sul entrega o Troféu Mulher Cidadã 2024

Jocemar Conceição Barbosa, Laurinha Schmitt de Oliveira, Maria Elaene Tubino, Maria Ignez Estades Bertelli, Olga Neri de Campos Lima e Roselaine dos Santos tiveram a trajetória reconhecida pelo Parlamento caxiense

Legislativo de Caxias do Sul entrega o Troféu Mulher Cidadã 2024
Foto: Vania Marta Espeiorin/Câmara Caxias

Solenidade na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul marcou a entrega do Troféu Mulher Cidadã 2024 na noite de terça-feira (18). Jocemar Conceição Barbosa, Laurinha Schmitt de Oliveira, Maria Elaene Tubino, Maria Ignez Estades Bertelli, Olga Neri de Campos Lima e Roselaine dos Santos tiveram a trajetória reconhecida pelo Parlamento caxiense. Elas foram destaques, respectivamente, nas seguintes categorias: Atividade comunitária; Educação; Defesa dos direitos e combate a violência contra a mulher; Saúde; Promoção da participação política; e Profissionalização e emprego.

Após receber o troféu, as Mulheres Cidadãs 2024 foram até a tribuna para o pronunciamento individual. Todas externaram gratidão ao Parlamento e a entidades ou pessoas que as indicaram. Joce agradeceu à família, nominando parentes, e amigos de vivência política e comunitária. “Essa homenagem me dá mais força para continuar lutando por uma sociedade mais justa”, destacou. A professora Laurinha recordou que chegou a Caxias do Sul com muitos livros e foi dar aula no Curso Normal do Colégio Cristóvão de Mendoza, para mulheres que tinham a missão de educar e se educar. “Foi ali que comecei a construir minha história”, afirmou. Na sequência, teceu agradecimentos à família, ao pai e à mãe, em especial. ”Desde muito cedo entendi que nós mulheres temos de andar de mãos dadas”, sublinhou.

Maria Elaene agradeceu a juízes que lhe apoiaram, mencionando, principalmente, Émerson Kaminski. Disse que, em seu trabalho, procurou agir no coletivo, guiada pelo viés técnico e científico, e que o projeto que idealizou chamado HORA é feito em equipe e volta-se a homens agressores. Em 10 anos, 1,7 mil homens acusados de violência doméstica participaram da iniciativa. “Um homem agressor atendido impacta em muitas outras pessoas. A gente precisa desse olhar de cuidado, carinho e respeito”, ensina.

A pediatra Maria Ignez lembrou das pessoas que lhe acompanharam como médica e na vida e agradeceu a elas por tê-la auxiliado enquanto auxiliava outras pessoas. Mencionou com afeto o neto Eduardo e ressaltou que “investir nas crianças em todos os aspectos da sua vida, com amor, bons princípios, estrutura e alimentação, será sempre fundamental para uma sociedade próspera”.

A professora Olga pontuou que os direitos alcançados até hoje são resultados da política diária feita em todos os espaços da sociedade. “Os avanços sociais e a garantia de direitos são assegurados na medida em que a participação da mulher torna-se cada vez mais efetiva e isso requer um compromisso de cada uma de nós na formação e na participação política”, sugeriu. Olga rechaçou a tentativa de criminalizar vítimas de estupro e reforçou o valor das políticas públicas, da democracia e da cidadania no cotidiano das pessoas: “Em um país em que um deputado diz que uma menina estuprada deve passar por uma medida socioeducativa porque pode ser que assim ela aprenda nos faz ter a certeza de precisamos conversar todos os dias, em vários espaços, sobre politica”.

Roselaine não conteve as lágrimas ao lembrar de mulheres que se qualificaram e, nesse encontro com o trabalho, descobriram sua autonomia. “Somos potências, somos capazes de nos profissionalizar e direcionar nossos passos para onde quisermos com conexões fortalecidas na vivência de cada momento”, exaltou, ao demonstrar gratidão à família e a amigas e amigos, por apoiá-la na arte de costurar não apenas roupas, mas também sonhos e novos horizontes para as pessoas.