Uma das principais indústrias brasileiras em acessórios para personalização de veículos automotores, a Keko, de Flores da Cunha, entrou com pedido de recuperação judicial. A empresa emitiu nota aos fornecedores no início da noite de terça-feira (11). Conforme o comunicado, a Keko passou por quatro anos de instabilidade econômica e retração no mercado automotivo, fatores que motivaram o ingresso na Justiça.
A empresa ressalta que buscou diversas alternativas de renegociação com bancos para sanar dívidas a curto prazo, mas sem êxito. Estes débitos, inviabilizaram a gestão adequada e o cumprimento das obrigações com os credores.
Conforme o diretor-presidente Leandro Mantovani, a dívida ativa da Keko chega a R$ 75 milhões. Todavia, ele garante que nenhum trabalhador será desligado e que a linha de produção segue normalmente.
“Desde que implementamos a empresa em Flores da Cunha, procuramos linhas de financiamento. Foi um investimento bastante alto. Na época, tínhamos o planejamento de crescimento de 20% e isso vinha acontecendo até 2015. A partir daí, com a retração econômica e a restrição dos bancos em renovar linhas de crédito, perdemos nosso capital de giro e vínhamos operando com dificuldade o nosso caixa. Assim mesmo, nós mantemos o faturamento, mas com dificuldade de caixa. Essa medida se toma para que façamos a reorganização disso. Preservamos nossos 420 empregos diretos, exportando para 42 países. De uma certa forma, é uma maneira que conseguimos, pela lei, reorganizar e mediar a renegociação com os financiadores”, diz.
Clique e confira o comunicado enviado aos fornecedores
Keko
Fundada há 32 anos na Serra Gaúcha, a Keko é líder no ramo. A companhia atua no aftermarket (peças de reposição nas lojas de acessórios multimarcas e para exportação) e fornecimento às montadoras. É reconhecida em 43 países nos cinco continentes e homologada por grandes montadoras como Ford, Fiat, General Motors, Honda, Hyundai, Jeep, Mercedes, Mitsubishi, Nissan, Renault, Toyota e Volkswagen.