Caxias do Sul

Justiça aplica penas diferenciadas para PM's envolvidos na morte de jovem

Julgamento durou dois dias no Fórum de Caxias. Foto: Maicon Rech
Julgamento durou dois dias no Fórum de Caxias. Foto: Maicon Rech


Julgamento durou dois dias no Fórum de Caxias. Foto: Maicon Rech

Após dois dias de julgamento saiu na noite desta terça-feira (19), o veredito sobre o caso dos três policiais da Brigada Militar (BM) de Caxias do Sul acusados de matar e simular um confronto que culminou com a morte de Lucas Raffainer Cousandier, 19 anos.

Emerson Luciano Tomazoni, pegou 11 anos seis meses e 10 dias de prisão; Gabriel Modesti Ceconi, pegou apenas 10 dias já cumpridos e Devilson Enedir Soares, cinco anos em regime aberto.

Os três policiais militares foram denunciados por homicídio qualificado, inovação artificiosa qualificada (fraude processual), porte ilegal de arma de fogo de uso equiparado ao restrito e denunciação caluniosa. Eles estavam presos no Presídio Militar em Porto Alegre .

Foto: Reprodução

Relembre o caso

Às 3h30min da madrugada de 4 de fevereiro de 2016, três jovens de Bento Gonçalves estavam em Caxias do Sul e foram alvos de uma abordagem da Brigada Militar na Avenida Itália, no bairro São Pelegrino. Por ter ingerido bebida alcoólica, o condutor de um Ka de cor vermelha fugiu pelas vias centrais até a Avenida Bruno Segala, a Perimetral Sul.

Nas proximidades da Igreja São Francisco, no bairro Kayser, perdeu o controle do carro. Ali, Cousandier, que estava no banco do carona, foi atingido por um tiro na cabeça. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu no Hospital Pompéia.

Inicialmente, a ocorrência foi repassada como um confronto com os policiais. A viatura estava com marcas de disparos e dois revólveres calibre .38 foram apreendidos.

Antes da abordagem, no dia 1º de fevereiro de 2016, uma das armas havia sido retirada de uma residência na Rua Reinaldo Soardi, no bairro Planalto Rio Branco. Os PMs alegaram ter recebido uma denúncia de que, no imóvel, havia armas e drogas para entrar na casa. O GPS da viatura identificou o endereço, o que bateu com a versão do proprietário do revólver. A investigação da Polícia Civil apontou que a cena do crime foi alterada.