Na presidência da sigla desde fevereiro, o governador do RS, Eduardo Leite, terá que se afastar da presidência do PSDB, por decisão da Justiça. A juíza Thaís Araújo Correia, da 13ª Vara Cível de Brasília, determinou também a anulação de todas as decisões tomadas por ele desde o dia 6 de julho de 2022. Nesta data, Leite prorrogou o próprio mandato de forma considerada irregular. A sigla deve aguardar a notificação para recorrer da decisão.
Desta forma, a atual Comissão Executiva, que havia sido formada em fevereiro deste ano, será dissolvida. Os outros dois governadores tucanos, Raquel Lyra (Pernambuco) e Eduardo Riedel (MS), exerciam cargos de vice-presidentes e também terão de deixar seus postos. Leite terá 30 dias para convocar uma convenção para eleger uma nova Executiva. Autor da ação, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, alegou que Eduardo Leite deveria ter deixado o posto no dia 31 de maio. Pois, este seria o prazo estabelecido para o fim do mandato na ata da reunião da Comissão Executiva que o elegeu.
O comando do PSDB argumentou que a decisão que prorrogou se deu por unanimidade e que o próprio Orlando Morando aprovou a votação, beneficiando-se com a decisão. A Justiça, porém não aceitou o argumento. Segundo a Justiça Eleitoral, Eduardo Leite ficaria como presidente do PSDB até novembro, não fosse a decisão desta segunda-feira.
Fonte: CP