A Juíza de Direito em substituição Graziella Casaril, da 2ª Vara Judicial da Comarca de Canela, na Serra Gaúcha, recebeu e aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual contra um homem de 25 anos (pai) por maus-tratos ao filho com paralisia cerebral. Ele também foi denunciado por expor outra criança à situação de vexame ou constrangimento. O processo seguirá sob os cuidados da Juíza titular da unidade, Simone Ribeiro Chalela.
Pai que agrediu filho deficiente foi indiciado pela Polícia Civil
A Polícia Civil encerrou a investigação que apurou maus tratos cometidos por um pai contra seu filho portador de necessidades especiais, o procedimento foi remetido ao Poder Judiciário durante a tarde desta terça-feira (25). Conforme informou o Delegado de Polícia Ivanir Luiz Moschen Caliari, após oitivas de moradores do prédio em que a família morava há cerca de três semanas, as investigações foram encerradas com indiciamento do investigado por crime de maus tratos.
O homem de 25 anos foi indiciado, ainda, por constrangimento a criança sob sua guarda, previsto no estatuto da criança e adolescente, em razão também da outra filha que acompanhava o casal durante a ocorrência dos fatos apurados.
Pai é preso por maus-tratos contra filho PCD, em Canela
No começo da madrugada de domingo (23), por volta da meia-noite, a Brigada Militar de Canela foi acionada para atender ocorrência na Rua Visconde de Mauá, na área central, onde um homem estaria maltratando o filho de seis anos, que possui necessidade especial (PCD) em um carrinho de bebê.
As testemunhas, moradores do prédio, relataram que o homem carregava bruscamente uma criança com necessidades especiais, que estava em um carrinho de bebê. Por diversas vezes quase derrubou a criança ao chão, empurrando o carrinho e jogando sem o mínimo de cuidado, se mostrando também muito agressivo com a família.
A guarnição foi até o local e prendeu o homem, de 25 anos. Foi acionado os Bombeiros que encaminharam a criança de seis anos, que possui paralisia cerebral, para o hospital para avaliação médica, onde permaneceu acompanhado pela mãe, para a realização de exames e devido à necessidade de permanecer com tubo de oxigênio.
O autor, pai da criança, foi encaminhado preso para laudo médico e posterior apresentado na Delegacia, onde a ocorrência foi enquadrada como outros crimes do ECA. Após o registro foi liberado, porém, expedido medida protetivas para que o acusado não volte a se aproximar da vítima.