Caxias do Sul

Julgamento de homicídio no Euzébio Beltrão de Queiróz, em Caxias, é suspenso

 (Foto: Maicon Rech)
(Foto: Maicon Rech)

Luciano da Silva de Godoi sentaria no banco dos réus do Tribunal do Júri de Caxias do Sul nesta quinta-feira (22). Ele é acusado de ter matado a tiros Gedson Pires Braga, o “Cavernoso”, 24, na madrugada de 16 de agosto de 2015 no bairro Euzébio Beltrão de Queiróz, Zona Oeste. Por retirada da defesa, o ato foi suspenso e só irá ocorrer no ano que vem.

Conforme denúncia, o réu por motivo torpe, com emprego de meio que pode resultar em perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, atirou várias vezes contra Braga, que morreu na hora. Um adolescente de 15 anos que estava com ele em um beco da Rua Henrique Cia, conseguiu fugir sem ser atingido.

Godoi teria agido com o apoio de outros dois homens e um adolescente. Jonathan Pereira Jesus e Fabiano da Silva Godoi (irmão de Luciano) foram condenados por participação na morte de Cavernoso a 14 e 12 anos de prisão, respectivamente, em regime inicial fechado.

Como houve cisão no processo por “Lucianinho” estar foragido à época, ele é julgado individualmente. O crime foi investigado durante a Operação Sepultura, que abordou o tráfico de drogas no bairro entre agosto de 2015 e maio de 2016.

Segundo a denúncia, a execução de Cavernoso foi motivada pelo conflito de rivais na disputa territorial pelo ponto de tráfico de drogas no Euzébio Beltrão de Queiróz e, ainda, pela suposta participação de Braga na tentativa de homicídio da irmã de Luciano e Fabiano em 27 de julho de 2015.

Gedson Pires Braga, o Cavernoso, ficou conhecido por ter sido responsabilizado pela morte da menina Ana Clara Adami, 11 anos, em 16 julho de 2015 quando a menor ia para a catequese no bairro Pio X. A criança caminhava quando foi baleada pelas costas. O inquérito, à época, foi conduzido pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).