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Juiz relata em súmula apologia à violência durante partida em Farroupilha: "Têm que apanhar mesmo"

Juiz relata em súmula apologia à violência durante partida em Farroupilha: "Têm que apanhar mesmo"

As polêmicas envolvendo a partida entre o Brasil de Farroupilha e o Guarany de Bagé, no último domingo (24), no Estádio das Castanheiras, válida pelas quartas de final da Divisão de Acesso, que acabou com a vitória do time farroupilhense, pelo placar de 1 a 0, estão longe de acabar.

Após duas notas oficiais, que retratavam o ponto de vista de cada clube quanto ao lance envolvendo o atacante Welter, do Guarany, e o goleiro Jonathan Walker, do Brasil de Farroupilha, aos 13 minutos da etapa inicial, e que terminou com o goleiro com duas fraturas no rosto, o juiz da partida, Marcus Vinícius Gonçalves dos Santos, relatou, na súmula do jogo, que ouviu de pessoas ligadas ao time de Bagé, ofensas e apologia a agressão.

Conforme o relato do árbitro, aos 37 minutos do segundo tempo, o presidente do Guarany, Heraclito Antônio Vicente Moreira, conhecido como Tato, teria invadido o gramado e dito ao juiz:

“Tu é um safado, ladrão, sem vergonha, FDP. É por isso que vocês têm que apanhar mesmo. Igual o Rodrigo [Crivellaro] apanhou. Está metendo a mão no Guarany, seus ladrões”. 

Rodrigo Crivellaro, foi agredido com um chute na cabeça por William Ribeiro, atacante do São Paulo de Rio Grande, no começo deste mês, em Venâncio Aires.

O presidente do Guarany negou que tenha dito essas palavras.

Já após o fim da partida, segundo relato em súmula, uma nova citação ao ocorrido com Crivellaro aconteceu. Desta vez, o autor não foi identificado.

“Após o final da partida, já com quarteto de arbitragem nos vestiário, foi possível escutar pelas frestas da janela que estavam abertas pessoas falando as seguintes frases: Esses caras nos prejudicaram, expulsaram quem menos podia ser expulso. Nos roubaram esses FDPs. Por isso que eles apanham mesmo. É por isso que o Willian [Ribeiro, que agrediu o juiz Rodrigo Crivellaro] é meu ídolo.

Ao escutar esta frase, abri a porta do vestiário para identificar quem era a pessoa que falava, porém, não foi possível a identificação. Mas vi que a pessoa estava vestida com abrigo do Guarany”, relatou o árbitro em súmula.

Todos os citados responderão por seus atos no Tribunal de Justiça Desportiva do RS.