Brasil

Jovens encontrados mortos em carro em Balneário Camboriú foram vítimas de asfixia por monóxido de carbono

Laudos periciais indicaram que o monóxido de carbono foi liberado pelo sistema de ar-condicionado do veículo, que passou por uma customização no sistema de escapamento

Jovens encontrados mortos em carro em Balneário Camboriú foram vítimas de asfixia por monóxido de carbono. (Foto: Felipe Salles / NSC)
Jovens encontrados mortos em carro em Balneário Camboriú foram vítimas de asfixia por monóxido de carbono. (Foto: Felipe Salles / NSC)

Na manhã de 1º de janeiro, uma tragédia chocou Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, quando quatro jovens foram encontrados desacordados dentro de uma BMW estacionada na rodoviária da cidade. Nesta sexta-feira (12), a Polícia Científica confirmou que Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, 19 anos, Tiago de Lima Ribeiro, 21 anos, e Nicolas Kovaleski, 16 anos, morreram asfixiados por monóxido de carbono.

A suspeita sobre o envenenamento pela substância sem cheiro e altamente tóxjica já havia sido levantada durante a investigação. Laudos periciais indicaram que o monóxido de carbono foi liberado pelo sistema de ar-condicionado do veículo, que passou por uma customização no sistema de escapamento para torná-lo mais esportivo.

Os jovens foram encontrados desmaiados no interior do carro, que permaneceu com o ar-condicionado ligado enquanto estava estacionado por mais de três horas. Apesar dos esforços dos socorristas, as mortes foram confirmadas no local.

Ao longo da investigação, foram realizados 15 exames nos corpos, no veículo e no local onde o grupo foi encontrado. Andressa Boer Fronza, perita-geral da Polícia Científica, afirmou em entrevista coletiva: “As provas periciais demonstraram que a causa da morte das quatro vítimas se deu por asfixia por monóxido de carbono, decorrente das alterações irregulares no escapamento do veículo conforme foi detalhadamente apresentado.”

A Delegacia de Investigação Criminal esclareceu que não foram encontradas substâncias ilícitas dentro do veículo e que o motorista não apresentava sinais de consumo de álcool. O caso levanta questões sobre a segurança em modificações veiculares e destaca os riscos associados ao monóxido de carbono, um gás letal que pode ser liberado em ambientes fechados.

JOVENS