Comportamento

Jogador da SERC Brasil flagrado com arma após partida é afastado do clube

Foto: Arquivo/Leouve
Foto: Arquivo/Leouve

O atleta da SERC Brasil, Luiz Carlos Viera, de 37 anos, que foi preso na quarta-feira (29), em Passo Fundo, por porte de arma de fogo, dentro do vestiário do time de Farroupilha foi afastado de suas atividades do clube e não irá receber seu salário por tempo indeterminado. A informação foi confirmada a reportagem do Portal Leouve pelo diretor do Brasil, Gabriel Marchet.

O atleta foi preso ao final da partida realizada na BSBios Arena, contra o Gaúcho, vencida pelo tome serrano por 1 a 0. A Brigada Militar encontrou dentro de uma bola uma pistola calibe .380, um carregador e munições. Ele assumiu ser o dono e foi encaminhado a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento onde foi feito o registro e estipulado uma fiança que foi paga e o jogador liberado.

Foto: Divulgação/Brigada Militar

Ainda de acordo com o diretor, o clube e os demais funcionários não sabiam que o atleta estava portando a arma. Além disso, em nenhum momento ele chegou a sacar a arma ou ameaçar alguém. Ele apenas teria dito estar armado após, segundo o clube, a delegação sofreu uma emboscada, o que justifica a atitude do jogador em avisar estar armado, apesar do clube enfatizar que não apoia o fato.

“Não tenho vergonha de usar essas palavras: foi uma emboscada. Os atletas do Gaúcho estavam aguardando a delegação do Brasil na saída do gramado para agredi-los. A porta do nosso vestiário foi arrombada por pelo menos 50 pessoas. Nossos atletas e funcionários ficaram acoados lá dentro. Em virtude disso, por ter a arma em seus pertences pessoais, ele mencionou o fato e com isso a confusão se dispersou.” disse.

 

Sobre a demora entre o comunicado a Brigada Militar e o encontro da arma no vestiário, que seria de uma hora, Marchet relata que não houve um fechamento da porta do vestiário. A Brigada Militar teria informado ao Brasil que revistaria todos os jogadores e funcionários individualmente. Como alguns jogadores estavam tomando banho, ficou acordado que sairiam, um por vez, para a revista e após isso, seria feito uma busca no vestiário. Momento em que a arma foi encontrada.

O diretor também explicou o fato de Luis Carlos ter escondido a arma dentro de uma das bolas do clube.

“Ele explicou para a direção que sempre teve arma, que ela é legalizada e está em seu nome. Segundo ele, em todo o tempo que teve a arma ele nunca precisou usar. Ele afirma que na hora da confusão, após tudo ter acabado e a Brigada Militar ter vindo ao vestiário, ele se assustou e, sem saber o que fazer, acabou escondendo a arma na bola. O que também foi um erro, mas que assim que a polícia esteve no local ele fez a entrega e assumiu a responsabilidade do caso.”

 

Injuria Racial

O boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil de Passo Fundo, cita que o jogador Erick, do Gaúcho, teria sido chamado de “macaco”, por um jogador do Brasil de Farroupilha. Com relação a esse fato, em nota oficial e durante a entrevista do diretor, o Brasil de Farroupilha diz estranhar a acusação, já que ela teria sido feita contra o lateral esquerdo Gustavo, que também é negro.

Já o atleta Darlan, do Brasil, fez o registro na Polícia Civil de Farroupilha nesta tarde também de injuria racial que teria sofrido de torcedores, jogadores, dirigentes e até mesmo de um integrante da Brigada Militar de Passo Fundo.

 

Os dois casos estão sendo acompanhados pelo departamento jurídico do clube.