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João sem rumo

João sem rumo

Você pode até achar um pouco estranho, porque hoje eu vou falar de São Paulo. Mas eu só vou falar de São Paulo porque vou falar do nosso Brasil. E, mais especificamente, do Brasil de 2018.

É que, um ano antes das eleições presidenciais e nove meses depois de assumir a prefeitura da maior cidade do país, as críticas de todos os lados mostram que uma eventual candidatura do tucano João Doria Jr à presidência da república já nasceu morta.

E mesmo que ele tente dar à luz uma imagem de salvador da pátria em incontáveis viagens país afora sem outro motivo do que tentar mesmo emplacar a sua candidatura, é dentro de casa que o gato subiu no telhado.

Primeiro foi o próprio vice tucano como ele, que fez um vídeo dizendo que em nove meses não nasceu um prefeito. A reação do prefeito foi a pior possível, mostrando que o equilíbrio anterior e a outrora elegância ficaram mesmo no passado.

E, nesse fim de semana, os jornalões paulistas desancaram a bater no antes menino dourado e fizeram questão de mostrar em números e comparações que o tal joão trabalhador era mesmo puro marketing.

A Folha mandou Doria começar a trabalhar, o Estadão mostrou que a cidade só é linda no nome do programa marqueteiro aquele que fez o prefeito vestir um uniforme de gari de grife, e o Datafolha contabilizou a indignação dos paulistanos com um prefeito que prometeu muito e não entregou nada concreto até agora a não ser o cinza do concreto que ressurgiu com os grafites apagados.

Porque as pichações seguem por lá, assim como as filas na saúde, a cracolândia, as suspeitas de corrupção e os problemas diários da megalópole, que insistem em arranhar a imagem do bom gestor e do rico honesto e dar lugar ao prefake dos críticos.

Mas Doria ainda tem a tropa de choque das redes sociais e os meninos surtados do MBL a soldo pra tentar provar que o velho Doria da tevê ainda pode ser o novo na política.

No novo, mas sem os tucanos.