Na tarde desta quinta-feira (17), a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) apresentaram em uma coletiva de imprensa os dados do desemprenho da economia referente a janeiro de 2022.
O desempenho no primeiro mês do ano desacelerou -2,1% se comparado a dezembro de 2021. O setor de serviços puxou a queda com -7,1%,na sequência, o comércio com -2,1%. Enquanto que a Indústria apresentou leve avanço de 0,6%. Já em comparação com o mesmo mês em 2021, houve um aumento de 8,4%. A Indústria teve um acréscimo superior a 17% em relação a janeiro de 2021, já os outros dois segmentos tiveram quedas.
O acumulado do ano foi visto com bons olhos pelos economistas responsáveis pelos levantamentos, os professores e economistas Maria Carolina Gullo e Mosar Ness. Os dados apontaram uma evolução de 6,4%, sendo a Indústria com um crescimento de 19,8%, já o Comércio e o Serviços apresentaram números negativos, -7% e -9,9% respectivamente.
De acordo com Maria Carolina apesar do desempenho ser um número negativo de -2,1%, é um patamar normal para o mês, já que existem férias coletivas, escolares e a população tem tendência a viajar para o litoral, consequentemente, trabalhando menos dias.
Mercado de Trabalho
No mês de janeiro registrou-se 6.534 admissões e 5.865 desligamentos em Caxias do Sul, resultando na criação de 669 empregos formais. Dessa forma, a cidade contou com um estoque de 153.374 empregos. O setor que mais impulsionou este resultado foi a Indústria, que criou 554 postos de trabalho, em seguida, a agropecuária foi o segundo setor que mais criou vagas no mês, com 352 novos vínculos empregatícios.
Em contrapartida, houve o acréscimo de inadimplentes no mês. O número de inadimplentes teve um aumento de 1,33% na comparação com dezembro de 2021 e um aumento de 0,82% em relação ao mesmo período do ano anterior. O economista Mosar destacou que este acréscimo é porque, apesar de a população ter sido empregada, o valor do salário ainda não é o suficiente para quitar as dívidas.
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Mercado Externo
Neste mês de janeiro ainda não hou influências da guerra entre Rússia e Ucrânia, mas a pandemia e a estiagem contribuíram para que o Brasil mais importasse produtos do que exportasse. A população importa mais da China e Itália, maquinas e aparelhos eletrônicos. Já na exportação houve troca de materiais de transporte com destino aos Estados Unidos e Chile.
A expectativa dos economistas é que 2022 feche com valores positivos na economia, porém, segundo Maria Carolina ainda não é possível saber os efeitos da guerra, eleições, preços do petróleo e estiagem, os quais são fatores que vão influenciar diretamente no percentual.
O ano de 2021 finalizou com um crescimento de 5,5%, com destaque para o bom desempenho do setor industrial.
A coletiva de imprensa foi transmitida pelos canais oficiais da CIC Caxias do Sul. Confira a entrevista completa com a economista Maria Carolina Gullo.
Fotos: Paula Brunetto / Grupo RSCOM
