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Jair Bolsonaro deve depor nesta terça-feira sobre caso do cartão de vacina

Para a defesa, “a investigação em curso serve exclusivamente para constranger politicamente o presidente e colocá-lo contra a sua base”

Jair Bolsonaro deve depor nesta terça-feira sobre caso do cartão de vacina
Reprodução/Facebook/jairmessias.bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será ouvido nesta terça-feira, 16, às 13h, na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília. O depoimento é referente ao caso sobre os cartões de vacinação e Bolsonaro deverá explicar e repetir as informações de que não se vacinou e que não ordenou que alterassem essas informações no aplicativo do Conecte-SUS. O ex-ajudante de ordens, Coronel Mauro Cid, que também foi alvo da mesma operação, será ouvido na quinta-feira, 18. A expectativa é de que o ex-ajudante respondas os questionamentos, já que na oitiva anterior, ficou em silêncio.

Jair Bolsonaro e Mauro Cid foram alvos da Operação Venire, deflagrada pela PF no dia 3 de maio. Cid e outras duas pessoas foram presas, enquanto Bolsonaro foi alvo de mandado de busca e apreensão. As inserções falsas de dados sobre a imunização teriam acontecido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como principal consequência a “alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante”, permitindo que os beneficiários pudessem emitir certificados de vacinação e burlar restrições sanitárias vigentes para conter o avanço da Covid-19.

O que Bolsonaro vai dizer à Polícia Federal

Jair Bolsonaro prestará depoimento hoje à Polícia Federal no âmbito do inquérito sobre a suposta existência de um esquema de emissão fraudulenta de certificados de vacinação. A Jovem Pan apurou que a estratégia da defesa do ex-presidente é afastá-lo de qualquer iniciativa conduzida por assessores e reiterar sua posição pública contra as vacinas. Bolsonaro garante que nunca tomou o imunizante contra a Covid-19 por temer efeitos colaterais e que determinou à CGU que investigasse o registro feito em seu nome no fim de 2022.

O objetivo dos advogados é ressaltar também que, apesar de sua postura antivax, o então presidente determinou a compra de milhões de doses de imunizante assim que aprovado pela Anvisa. Para a defesa, “a investigação em curso serve exclusivamente para constranger politicamente o presidente e colocá-lo contra a sua base”. Esta é a quarta vez que Bolsonaro presta depoimento à PF desde que deixou a Presidência.