O Gabinete de Gestão da Guerra de Israel aprovou, nesta sexta-feira (17), a entrada através do Egito de dois caminhões-tanque diários com combustível para cobrir as necessidades da ONU (Organização das Nações Unidas) para o apoio às infraestruturas de água e esgotos da Faixa de Gaza. Conforme as autoridades, a medida foi uma recomendação conjunta das Forças de Defesa de Israel e do Shin Bet (serviço de inteligência nacional) para cumprir o pedido dos Estados Unidos e permitir a entrada dos veículos diariamente.
A comunidade internacional tem pressionado Israel há semanas para permitir a entrada de combustível em Gaza, também necessário para a geração de eletricidade e o funcionamento de outros muitos serviços civis básicos, como hospitais. Funcionários do governo destacam que está medida “permite a Israel continuar tendo o espaço de manobra internacional necessário para eliminar o Hamas” e que “os caminhões-tanque passarão pela passagem de Rafah, através da ONU, em direção à população civil do sul da Faixa de Gaza, desde que não cheguem ao Hamas”.
Segundo interlocutores do governo israelense, a ação visa, entre outras coisas, apoiar minimamente os sistemas de água, esgotos e saneamento, para evitar a eclosão de epidemias que possam espalhar-se por toda a região. Anúncio coincide com a publicação de informação pela imprensa egípcia sobre a entrada hoje de cerca de 150 mil litros de combustível destinados para hospitais, que entraram pela passagem fronteiriça de Rafah, que liga Gaza ao Egito.
Também nesta sexta, o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) nos territórios palestinos ocupados, Richard Peeperkorn, disse que poderá começar a funcionar um mecanismo de entrada de combustível na Faixa, que “deve ser contínuo para garantir a operação humanitária”. Segundo disse à imprensa por uma videoconferência, a continuidade deste sistema deve ser garantida para que “as usinas de dessalinização, as padarias e as telecomunicações voltem a funcionar”, embora não tenha podido dar detalhes sobre a regularidade do fornecimento ou se Israel imporá condições ao uso do combustível.
Fonte: Jovem Pan