O TPS – Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação, promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reúne, todos os anos, peritos em tecnologia que colocam a urna eletrônica e seus sistemas à prova.
Em outubro e novembro do ano passado, 26 participantes realizaram, ao todo, 29 planos de ataque ao dispositivo, sendo que apenas cinco conseguiram identificar alguma fragilidade do sistema.
Um deles foi realizado por um grupo de alunos e professores da IMED – instituição de ensino superior gaúcha, com campus em Porto Alegre, Passo Fundo e Ijuí. Por meio de uma impressora 3D, os participantes produziram uma réplica do painel dianteiro da urna eletrônica e o acoplaram na frente do aparelho, como se fosse um falso painel. A réplica atua como um dispositivo capaz de captar cada voto e, pela sequência de eleitores, seria possível quebrar o sigilo do voto.
O quarteto gaúcho formado pelo professor e coordenador do curso de Ciência da Computação da IMED, Marcos Roberto dos Santos, e pelos alunos Adroaldo Leão Souto Júnior, Gabriel Sordi Damo e Juliano Ribeiro Poli, agora retorna a Brasília para repetir, em uma versão ajustada do sistema, o teste que identificou vulnerabilidades no sistema em novembro do ano passado.
O evento, chamado Teste de Confirmação, está previsto no artigo 37 do Edital do TPS e acontecerá no Centro de Divulgação das Eleições (CDE), no edifício-sede do TSE, em Brasília.
“Estamos indo para última etapa, que é o reteste do Teste Público de Segurança 2021. Foram 29 ataques, apenas cinco bem sucedidos e um deles foi o nosso, aqui da IMED, então ficamos bem orgulhosos de tudo isso. Agora, em Brasília, vamos refazer o ataque e identificar quais foram as soluções criadas para mitigar as falhas que a gente encontrou”, explica o professor Marcos Roberto dos Santos, que viaja rumo a Brasília nesta quarta-feira, dia 11 de maio, acompanhado dos estudantes.
Sobre o TPS
O objetivo é fortalecer a confiabilidade, a transparência e a segurança da captação e da apuração dos votos, além de propiciar melhorias no processo eleitoral. O Teste contempla ações controladas para identificar vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos de uma eleição.
*Fonte IMED