Cidades

Investigação: mistério das mortes em massa de animais na Praia do Cassino

Defesa Civil de Rio Grande que monitorava possíveis casos de Gripe Aviária identificou mais de uma centena de animais mortos na areia da praia

Investigação: mistério das mortes em massa de animais na Praia do Cassino. Foto: Rudimar Machado/ Defesa Civil
Investigação: mistério das mortes em massa de animais na Praia do Cassino. Foto: Rudimar Machado/ Defesa Civil

As autoridades estão investigando as razões por trás da morte de centenas de animais aquáticos ao longo da costa sul do Rio Grande do Sul, entre a praia do Cassino, em Rio Grande, e o Farol do Albardão, em Santa Vitória do Palmar. As carcaças foram descobertas durante o monitoramento da gripe aviária pela equipe da Defesa Civil de Rio Grande. No último sábado (25), foram encontradas 68 toninhas, 38 tartarugas, 12 leões-marinhos, três baleias, 14 aves e centenas de peixes, em uma extensão de 157 quilômetros.

A remoção dos animais está sendo realizada por especialistas, e a população é orientada a não se aproximar dos animais mortos na praia.

Até agora, as causas das mortes estão sob investigação. A coordenadora do Centro de Recuperação de Animais Marinhos da Universidade Federal do Rio Grande (CRAM/FURG), Paula Canabarro, mencionou que as mortes podem estar relacionadas à interação com a pesca, poluição do ambiente marinho costeiro e outras causas.

O monitoramento constante revela que muitas carcaças encalham nas praias ao longo do ano. No caso das tartarugas, uma espécie encontrada morta no fim de semana não apresentou diagnóstico de gripe aviária, indicando diversas possíveis causas. O lobo e leões-marinhos estão sendo monitorados devido ao foco da doença.

O Governo do Estado relata que 891 mamíferos aquáticos foram encontrados em praias gaúchas este ano. Em relação aos animais identificados pela Defesa Civil de Rio Grande no fim de semana, a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPI) afirma que não foram realizados testes para gripe aviária. A SEAPI destaca que está colaborando com uma rede de especialistas em animais silvestres para monitoramentos sistemáticos de encalhes no litoral gaúcho.

Um lobo e um leão-marinho, ambos vivos, foram monitorados no sábado na praia do Cassino e removidos no domingo (26),  para um local mais distante da praia. Esses animais, que utilizam a praia para descansar, foram movidos seguindo protocolos de biossegurança, com a equipe utilizando equipamentos de proteção para manejar os animais.

*Com informações do Correio do Povo

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