As possibilidades de utilização da chamada “Internet das Coisas” foi o tema da reunião-almoço promovida pelo 6º Innovation Day. Nesta sexta-feira (17), mais de 200 pessoas ouviram o diretor de desenvolvimento de negócios da Garner, Diego Almeida, falar sobre casos em que o emprego da ferramenta possibilitou corte de custos e aumento na produção em empresas consagradas.
Para Almeida, a correta formulação e aplicação de um sistema baseado na “Internet das Coisas” é algo trabalhoso e que exige a colaboração de muitas engrenagens. Quando pronta, no entanto, a ferramenta pode auxiliar os trabalhadores no cotidiano e inclusive prever problemas antes que eles possam acontecer.
Como exemplo, o diretor da Garner citou a parceria entre a fabricante de motores rolls royce e a empresa de aviação lufthansa, no qual o gerenciamento do motor era feito em tempo real. Para isso, todas as informações referentes ao motor estavam disponíveis em tempo real. Em posse das informações, era possível programar melhor as manutenções e inclusive prever quando um motor poderia falhar. Além disso, os trabalhadores criaram uma cópia virtual do motor para testes e assim diminuíram drasticamente os custos.
A aplicação da “Internet das Coisas” nos negócios, porém, ainda produz uma série de questionamentos jurídicos. Um deles, no caso do gerenciamento do motor em tempo real, diz respeito a propriedade das informações. Se uma concorrente tivesse acesso a todos parâmetros de um motor da rolls royce o diretor da empresa certamente ficaria insatisfeito. Outro ponto de discussão diz respeito a propriedade do motor criado a partir das informações obtidas. “Eles tiveram sucesso, mas tiveram muita briga judicial em cima disso”, lembra Almeida.
Outro ponto que gera uma série de perspectivas é a utilização da Internet das Coisas no setor metalmecânico, principalmente pela força do setor na Serra Gaúcha. Para o presidente da Trino Polo, Thiarlei Macedo, chegou a hora das empresas olharem com mais atenção para as possibilidades. “Realmente chegou o momento que a gente precisa olhar para as tecnologias como aliadas e não como despesa. Não só a indústria, mas também o varejo e o setor de serviços. Porque se a gente utilizar essas tecnologias novas a gente pode ter muito mais qualidade de vida, a gente pode ter uma indústria que produz muito mais e pode ter trabalhadores que são muito mais eficientes e felizes no seu trabalho”, destaca.
O Innovation Day iniciou na quinta-feira (16) e se estendeu ao longo desta sexta. Nos dois dias, o evento trouxe uma série de discussões sobre a Internet das Coisas, Big Data e Inteligência Artificial.
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