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Indústria gaúcha começa o último trimestre do ano em ritmo intenso, aponta pesquisa da Fiergs

Foto: José Paulo Lacerda/CNI
Foto: José Paulo Lacerda/CNI

A Sondagem Industrial RS de outubro, divulgada nesta quinta-feira (26) pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), aponta que a atividade no setor continua aquecida, com elevação da produção e na geração de emprego, e baixos níveis de ociosidade e de estoques.

Apesar de as expectativas dos empresários para os próximos meses terem caído pelo segundo mês consecutivo, permanecem positivas, aumentando a disposição em investir. “A necessidade de repor estoques é um fator positivo para a produção industrial, que tem crescido de forma constante nos últimos meses”, disse o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

Os índices variam de zero a cem pontos, com exceção da UCI (utilização da capacidade instalada), que varia de 0 a 100%. Todos permanecem positivos na pesquisa de outubro. A produção industrial gaúcha cresceu pelo quinto mês consecutivo, alcançando 61,2 pontos, enquanto o emprego, com 57,8 pontos, subiu pela quarta vez. Bem acima dos 50, os índices indicam elevação expressiva e são superiores às médias históricas do mês (de 54,1 e 49,4 pontos, respectivamente), mostrando um desempenho bem superior ao sugerido pela sazonalidade.

A aceleração da atividade industrial em outubro se confirma também pela UCI, que aumentou de 74%, em setembro, para 77%, 4,5 pontos percentuais, acima da média histórica do mês. Com a sexta alta seguida, o grau médio da UCI, no mês passado, não apenas superou o anterior ao da pandemia como é o maior desde agosto de 2011 (78%). No mesmo sentido, o índice de UCI em relação ao usual, que utiliza o critério de pontos, também cresceu pelo sexto mês, alcançando 55,2, o maior valor desde março de 2010 (56,1 pontos). Nesse caso, valores superiores a 50 indicam que os empresários consideram a UCI acima do normal para o mês.

Mesmo com o forte aumento da produção, os estoques de produtos finais continuaram caindo e em níveis abaixo do esperado pelas empresas em outubro. No mês, o índice de evolução atingiu 44,6 pontos, e o índice de estoques em relação ao planejado, 42,9 pontos. Abaixo dos 50 pontos, indicam queda em relação ao mês anterior e estoques abaixo do planejado pelas empresas. A necessidade de repor esses estoques é um fator positivo para a produção industrial futura.

Expectativas

Com exceção das exportações, cujo índice cresceu 0,6 ponto (para 55,7) ante outubro na pesquisa realizada entre 3 e 12 de novembro, os indicadores de expectativas para os próximos seis meses recuaram na Sondagem Industrial, mas continuam bem acima dos 50 pontos: a demanda caiu 1,2 ponto (para 62,5), compras de matérias­-primas, 1,3 (para 61,6) e emprego, também 1,3 ponto (para 56). Valores acima de 50 indicam expectativa de crescimento e otimismo entre as empresas.

Por fim, o índice de intenção de investimentos para os próximos seis meses atingiu 60,8 pontos, 2,7 acima de outubro, o que não era tão grande desde março de 2014 (62,4 pontos).

A pesquisa foi realizada com 198 empresas, sendo 43 pequenas, 58 médias e 97 grandes.

Fonte: O Sul