SOCIAL

Indígenas vendem artesanato no Centro de Bento Gonçalves e levantam debate sobre espaço público e assistência social

Presença de crianças nas ruas e questionamentos sobre realocação reacendem discussão sobre acolhimento e comércio informal

Fotos: Especial/Grupo RSCOM
Fotos: Especial/Grupo RSCOM

Nos últimos dias, quem circulou pelo Centro de Bento Gonçalves notou a presença de indígenas comercializando artesanato em frente à Igreja Santo Antônio. Entre os produtos oferecidos estavam cestas temáticas de Páscoa e marcela, planta tradicionalmente usada na Semana Santa. A cena tem despertado atenção e gerado questionamentos sobre a organização desse tipo de comércio na cidade.

Uma das sugestões que surgem é a possibilidade de realocar os vendedores ambulantes para espaços já destinados à comercialização informal, como a Praça Bartholomeu Tacchini, onde há bancas fixas, ou até mesmo a Via Del Vino, que em ocasiões anteriores já recebeu feiras de artesanato.

Praça Bartholomeu Tacchini

Outro ponto de destaque é a presença de crianças, algumas muito pequenas, atuando na venda de produtos, mesmo em dias de frio intenso. A situação levanta dúvidas sobre a atuação da assistência social e se seria o caso de uma abordagem mais específica por parte do poder público.

O que diz a Prefeitura?

Procurada pela reportagem, a Prefeitura respondeu por meio da assessoria de imprensa:

“Nestes períodos, próximo a datas como a Páscoa, o número de pessoas vendendo os produtos cresce. A etnia indígena tem autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai) para sair de suas aldeias e se dirigir às cidades para comercializar o artesanato.

A Secretaria de Esportes e Desenvolvimento Social intensificou as abordagens sociais aos grupos para atualização de dados e verificação,” justificou.