O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) está trabalhando para solucionar problemas causados pelo grande volume de chuvas registrado no mês de maio em Caxias do Sul. Após análise técnica, optou-se pela desativação da adutora de água tratada de 1000 milímetros de diâmetro do Sistema Marrecas, localizada às margens da Rota do Sol, na altura do Km 158, a qual sofreu severos impactos devido a deslizamentos de terra.
A autarquia trabalha na implantação de uma nova rede de água para que não haja desabastecimento caso venha a cair a encosta. Em um investimento de aproximadamente R$ 2,1 milhões, 560 metros de rede estão sendo implantados junto a área de domínio do Daer, no lado oposto ao local afetado pelos deslizamentos, a 75 metros abaixo da adutora atual, eliminando todo o trecho existente na área de risco.
Desse total, 450 metros já foram implantados, o que representa a execução de 70% do total da obra. Os outros 110 metros contemplam duas travessias na Rota do Sol, cuja implantação da primeira deve iniciar na tarde desta terça-feira (28). A autarquia salienta que os condutores redobrem a atenção ao trânsito no local, o qual sofrerá um desvio e funcionará no método siga e pare. A segunda travessia e o posterior asfaltamento da via deverão ser realizados na quarta-feira (29).
Interligação entre os sistemas
O diretor-presidente do Samae, Gilberto Meletti, destaca que é prioritário tomar medidas para garantir a manutenção do abastecimento de água no futuro. “O corpo técnico da autarquia está trabalhando fortemente com a prevenção de futuros incidentes. Além dessa obra, o Samae tem como objetivo a interligação de todos os sistemas de abastecimento de água. Já está em projeto uma interligação entre os dois principais sistemas e que abastecem a maior parte do município, Faxinal e Marrecas, para que em caso de problemas, o outro possa suprir a demanda”, enfatiza.
Leonério comenta que após a conclusão da obra, a próxima etapa é a interligação da nova adutora. “Para isso, será feita uma parada programada do Sistema Marrecas, ainda a ser definida. A partir disso, também será desativada a tubulação antiga para sua posterior retirada, possibilitando a entrega da área ao Daer para executar a estabilização do talude”, explica o engenheiro. Os canos antigos receberão a devida manutenção e retornarão ao estoque para serem reaproveitados em outras obras.