Atento às demandas sociais de Bento Gonçalves e municípios do entorno, o Campus Bento Gonçalves do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, desde o ano de 2013, vem realizando cursos de extensão de língua portuguesa voltados para estrangeiros, tendo como público-alvo imigrantes. Em 2018, após uma reformulação teórica e metodológica, com base na perspectiva de Língua de Acolhimento, o curso alterou também a sua nomenclatura, e passou a se chamar “Língua Portuguesa para imigrantes e refugiados”, mais condizente com o público a que se destina. Dentre as nacionalidades atendidas, estão pessoas vindas do Haiti, República Dominicana, Venezuela, México, Bangladesh, Iraque, Senegal, Gana e Paquistão.
De acordo com a professora do IFRS, Carina Balzan, o curso é de nível básico da Língua Portuguesa. “O objetivo das aulas é facilitar a comunicação destes imigrantes e refugiados dentro da sociedade brasileira, para que eles possam realizar suas atividades diárias, acessar os locais que precisam, se deslocar pela cidade, pedir informações, buscar atendimentos de saúde, de assitência social e de educação. E também consigam se comunicar melhor quando forem buscar uma vaga de emprego. Que possam exercer seus direitos e deveres aqui no nosso país. É através da língua que eles poderão exercer a sua cidadania”, explicou.
O Curso é totalmente gratuito e os participantes recebem certificado emitido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. Segundo a professora Carina, desde que o curso iniciou há uma grande demanda e o instituto trabalha com lista de espera. “Neste mês de abril, mais uma turma iniciou as aulas. São 70 alunos inscritos, de oito nacionalidades diferentes, entre elas haitianos, venezuelanos, senegaleses, bolivianos, paquistaneses e congoleses. Uma grande diversidade de línguas, de culturas e de saberes”, conta.
A oferta do curso é semestral, com duas turmas por ano. Esta edição ainda será totalmente online, com aulas ao vivo e envio de material aos alunos, porém aos poucos o IFRS Bento pretende retornar ao curso presencial, que já era oferecido antes da pandemia.