Comportamento

Hospital Virvi Ramos coordena estudo inédito no Brasil com plasma de vacinados da Covid-19

(Foto: Eveline Gremelmaier / Divulgação)
(Foto: Eveline Gremelmaier / Divulgação)

Um estudo inédito em território nacional, que utiliza o plasma de vacinados da Covid-19 em pacientes recém infectados pelo vírus está sendo realizado pelo Hospital Virvi Ramos. A instituição hospitalar é pioneiro no Rio Grande do Sul na utilização do plasma convalescente como forma de tratamento da Covid-19, em parceria com o Hemocentro Regional de Caxias do Sul.

De acordo com o hospital, o projeto possui autorização do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e da Secretaria Municipal de Saúde de Caxias do Sul e conta com destinação de verba por
parte do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para o
recrutamento dos voluntários.

A pesquisa é comandada pela  Dra. Andrea Dal Bó, infectologista e Coordenadora do Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar do Virvi Ramos, como Pesquisadora principal. O estudo conta ainda com um
grupo de pesquisadores de renomadas Instituições de Ensino, Pesquisa e de Serviços de
Saúde Pública, como o Prof. Dr. Fábio Klamt (UFRGS), Prof. Dr. Marcus Herbert Jones
(PUCRS), Prof. Dr. Fernando Spilki (FEEVALE), Dr. Gabriel Amorim (UCS) e Dr. Luiz
Amorim Filho (HemoRio).

O projeto consiste em avaliar a eficácia do plasma de doadores imunizados
(esquema vacinal completo) administrado precocemente (até 72h do início dos
sintomas da COVID-19), para impedir a evolução dos casos leves de COVID-19 para casos
mais graves, que demandem atendimento médico em unidades de terapia intensiva
(UTI), como explica a Dra. Andrea Dal Bó: “Quando iniciamos em 2020 com o plasma
convalescente, percebemos naquele estudo que os pacientes que recebiam plasma em
fase inicial tinham uma resposta melhor ao tratamento. Com esse novo estudo, a ideia
do plasma hiperimune transfundido num paciente contaminado é verificar se há uma
redução da mortalidade e de hospitalizações, já que estamos novamente com um
aumento significativo de casos e não temos uma medicação de fácil acesso disponível à
população.”

O estudo envolverá voluntários com diagnóstico confirmado de COVID-19 que
buscarem atendimento na UBS do bairro Esplanada, em Caxias do Sul ou no Pronto Atendimento Covid-19 do Hospital Virvi Ramos. Todas as transfusões serão realizadas apenas no Hospital Virvi Ramos.

O Hemocentro do Rio de Janeiro (HemoRio) é o responsável pelo
recrutamento dos doadores de plasma de vacinados, coletas e testes de segurança, que
quantificam os níveis de anticorpos neutralizantes e pelo envio das bolsas de plasma
para serem transfundidas. As primeiras bolsas já estão disponíveis na cidade e há
qualquer momento poderão ser realizadas as primeiras transfusões.

A transfusão precoce de plasma hiperimune em pacientes que apresentam
sintomas leves de COVID-19 pode representar uma possibilidade segura (e com eficácia
sugerida em estudos prévios) para a recuperação de pacientes em risco de evolução
para síndrome respiratória aguda grave.

Inicialmente, farão parte do estudo pacientes maiores de 18 anos que tenham
diagnóstico positivo em estágio inicial (até 3 dias de sintomas) não vacinados ou com
esquema vacinal incompleto ou pacientes infectados recentemente (até 3 dias de
sintomas) de 80 anos ou mais sem comorbidades (doenças pré-existentes) que fizeram
duas doses de Coronavac há mais de seis meses.

Fonte: Assessoria de Imprensa