DESDOBRAMENTO

Homem que matou cachorro com chute em São Marcos pede "apuração verídica e justa"

"Ao terem acesso às imagens das câmeras do local, as pessoas perceberão que ele não teve a intenção de ferir o cachorro", diz acusado

Jade, cachorra da raça pinscher, morta após chute. Foto: Redes Sociais / Reprodução
Jade, cachorra da raça pinscher, morta após chute. Foto: Redes Sociais / Reprodução

Em meio às inúmeras acusações feitas ao acusado de matar um cachorro da raça pinscher em São Marcos, na terça-feira (25), o homem veio a público para se defender e pedir justiça na averiguação dos fatos noticiados. A cachorra Jady, de 10 anos, morreu logo após levar um chute. O caso está sendo investigado.

Em entrevista, ele alega que está sendo injustamente julgado por um incidente envolvendo seu cachorro e enfatiza que não foi uma atitude premeditada ou maliciosa, mas sim uma reação impulsiva.

Ele pontua ainda que lamenta profundamente o ocorrido e destaca que, apesar das críticas e julgamentos, ele se colocou à disposição para esclarecer a situação. Além disso, se apresenta como uma pessoa de boa índole, sem nenhum histórico que desabone a conduta, tampouco apresenta antecedentes criminais. Ele pede compreensão antes de julgarem e acredita que, ao terem acesso às imagens das câmeras do local, as pessoas perceberão que ele não teve a intenção de ferir o cachorro.

O homem ainda reforça que as pessoas que estão comentando o fato precisam entender que tem o lado de uma pessoa, um pai de família que agora está desempregado e que ainda questiona “quem vai dar emprego pra um assassino de animais?”, como estão acusando-o.

“Estamos falando de um pinscher, e não preciso falar muito do temperamento de um pinscher, pro dono os cachorros são dóceis, mas em questão de território, cachorros são animais e agem por instinto”, reflete.

O acusado, que diz lamentar a dor da perda da cachorra, reforça que não desamparou a mulher, tutora da Jade, em momento algum e só se ausentou para levar o cachorro ao apartamento para deixá-lo lá e pegar celular e carteira.

“Sinto muito, externo meu mais profundo pesar à família que perdeu a cachorrinha e estou à disposição. Peço desculpas e espero que tudo seja esclarecido da forma correta, forma justa, que seja feita a apuração verídica e que a verdade prevaleça para que não haja um linchamento de reputação ou coisas piores devido a histórias mal contadas, porque isso é perigoso e isso não é justiça, parece que é vingança e não acho certo” conclui ele.

As investigações já iniciaram e algumas testemunhas estão sendo ouvidas, como uma moça que estava tomando café na padaria, e que, segundo o próprio acusado, corrobora com sua própria versão.

Após o fato, a prefeitura de São Marcos divulgou uma nota oficial informando que tomou as “providências cabíveis” e exonerou o servidor envolvido. “As demais cominações relativas ao fato devem ser objeto de apuração das autoridades competentes”, conclui a nota.

Relembre o caso

A cachorrinha da raça pinscher, chamada Jady, foi morta com um chute na Rua Padre Feijó. O agressor, um servidor público da prefeitura e vizinho da tutora do animal, foi encaminhado à delegacia pela Brigada Militar (BM) e posteriormente exonerado do cargo.

O crime aconteceu quando Jaciara Balduíno, tutora de Jady, retornava para casa após levar sua filha à escola. A cachorrinha, que a acompanhava no trajeto, aproximou-se de outro cão que era conduzido pelo agressor. Sem que houvesse qualquer ataque ou briga entre os animais, o homem reagiu violentamente, desferindo um chute contra Jady. O impacto fez com que a cadelinha batesse a cabeça na calçada, morrendo na hora. O acusado, no entanto, alega que o pinscher teria atacado seu animal.

A tutora, que revela que Jady por uma década foi apoio emocional de sua filha, destacou ainda que o agressor não prestou socorro e tentou se afastar rapidamente do local.