O Tribunal do Júri de Tapera condenou, na última terça-feira (24), Jairo Paulinho Kolling, acusado de matar o padre da congregação católica de Tapera, Eduardo Pegoraro. Após o veredicto dos jurados, que acolheram todas as teses da acusação, Jairo foi condenado a pena de 26 anos e 10 meses de reclusão, em regime fechado, por homicídio consumado, duplamente qualificado (motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), e por tentativa de homicídio, triplamente qualificado (motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por ter sido cometido contra mulher em razão do sexo feminino).
Em 22 de maio de 2015, Jairo Paulinho Kolling foi com sua esposa, Patrícia Hauss Kolling, até a Paróquia Nossa Senhora Rosário da Pompéia, em Tapera, e pediu para falar em particular com o padre Eduardo Pegoraro.
Ao entrarem em uma sala da paróquia, Jairo sacou uma arma e apontou em direção ao padre dizendo que ele havia “mandado uma mensagem para a sua mulher”. Logo após, Jairo efetuou dois disparos contra a vítima, que morreu na hora. O réu ainda efetuou outros dois disparos contra Patrícia, atingindo-a nas costas, com a intenção de matá-la, e, na sequência, tentou suicídio disparando contra a própria boca.
Segundo a promotora de Justiça Marisaura Inês Raber Fior, que atuou na acusação em uma sessão que durou 12 horas, a comunidade aguardava com grande expectativa o resultado do júri.
“O Conselho de Sentença ter acolhido a integralidade das teses defendidas pela acusação proporcionou a todos o sentimento de que a Justiça foi feita. A prisão preventiva do acusado, decretada a pedido do Ministério Público, acabou com a sensação de impunidade e foi uma resposta necessária da Justiça para um crime tão grave e chocante”, disse.