O músico Hermeto Pascoal morreu neste sábado (13), aos 89 anos. A morte foi anunciada em nota oficial da equipe do artista.
“Com serenidade e amor, comunicamos que Hermeto Pascoal fez sua passagem para o plano espiritual, cercado pela família e por companheiros de música”, informou.
“No exato momento da passagem, seu Grupo estava no palco, como ele gostaria: fazendo som e música. Como ele sempre nos ensinou, não deixemos a tristeza tomar conta: escutemos o vento, o canto dos pássaros, o copo d’água, a cachoeira, a música universal segue viva’, diz a mensagem.
Em nota, o hospital Samaritano Barra confirmou que o músico faleceu às 20h22min.
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“O compositor deu entrada no hospital no dia 30 de agosto para tratamento de complicações respiratórias derivadas de um quadro avançado de fibrose pulmonar. A despeito de todo suporte terapêutico, o quadro se agravou nas últimas horas, evoluindo para falência múltipla dos órgãos”, detalhou a equipe médica.
Multi-instrumentista, o mestre tocava em suas apresentações teclado, piano, flauta-baixo, escaleta, sanfona 8 baixos, porcos, chaleira, berrante e uma infinidade de instrumentos ao lado do lendário grupo, que mantinha a mesma tradição desde os anos 70. Nos anos 90, para o projeto “Calendário do Som”, publicou uma música por dia e elas foram reunidas em um livro de 414 páginas de 1999.
Legado e Reconhecimento
Na carreira, lançou mais de 35 discos e participou de diversas gravações. Em 2007, disponibilizou integralmente sua obra para gravação, dizendo “aproveitem bastante” aos músicos do mundo. Com carreira que se iniciou em 1950, em Recife, no início dos anos 70 já ganhava fama ao participar do disco “Live-Evil” de Miles Davis, que disse: “É o músico mais impressionante do mundo”.
Hermeto formou grupos como Quarteto Novo (1967) e o Brazilian Octopus (1969), além de ser reconhecido fora do país graças às apresentações e participações em festivais, como o de Montreux (Suíça), em 1979, quando foi editado o álbum duplo “Hermeto Pascoal Ao Vivo”.
