Um grupo terrorista que já praticou, no mínimo, três atentados a bomba em Brasília, vêm ameaçando de morte o presidente da República, Jair Bolsonaro.
A Sociedade Secreta Silvestre (SSS), é uma organização internacional que se apresenta como eco extremista e é investigada por promover ataques a políticos e empresários em vários países. A organização se diz contra tudo o que leva à devastação do meio ambiente e defende o uso de medidas extremas e atos violentos contra os inimigos da natureza, porém, o lema não condiz exatamente com os ataques realizados pelo grupo.
Em entrevista á revista VEJA, um dos líderes da SSS, um homem que se identificou como “Anhangá”, declarou ser o braço brasileiro dos Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS) e compartilhou os planos do grupo. A entrevista foi feita pela deep web, por orientação da SSS, para impedir o rastreamento do IP dos terroristas.
Segundo Anhangá, o plano para assassinar o presidente é real e está sendo elaborado desde a eleição de Bolsonaro. Ele ainda afirma que o presidente deveria ter sido morto no dia da posse, mas que devido ao forte grupo de segurança montado pela polícia e pelo Exército, o grupo acabou adiando a ação.
Antecedentes
A SSS colocou uma bomba em frente a uma igreja católica, poucos dias antes da posse, a cerca de 50 quilômetros do Palácio do Planalto, mas a bomba não explodiu por falha no detonador. Mais tarde um vídeo foi postado na deeb web por membros do grupo, mostrando exatamente como a bomba funcionava e reivindicando o ataque. Na mesma postagem, o grupo anunciou que a próxima ação seria direcionada a Bolsonaro, o que chegou a levar as autoridades a sugerir o cancelamento do desfile em carro aberto.
Em abril, o grupo incendiou dois carros do Ibama, enviando uma mensagem direta ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. No local, havia pichações com ameaças de morte ao ministro. Segundo Anhangá, Salles é “um lobo cuidando de um galinheiro”. Outro alvo do SSS é a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.
Membros do grupo terrorista haviam discutido a pouco tempo um plano real de ataque contra um ministro da Corte, cujo nome não foi divulgado. O grupo havia decidido, após meses de monitoramento, encurralar o magistrado no Aeroporto de Congonhas, antes de desembargar de seu carro, e abrir fogo contra o veículo. Coincidentemente ou não, neste mesmo fórum na deep web, estavam Guilherme Monteiro e Luiz Henrique de Castro, responsáveis pelo massacre de Suzano, que discutiam os ataques com os terroristas.
As ameaças são graves e reais. Em sua grande maioria, todos os planos discutidos no fórum online estão sendo executados, incluindo o massacre de Suzano. A Polícia Federal continua na busca pelo grupo terrorista, antes que eles executem seus planos mais extremos.