Caxias do Sul

Greve dos professores segue em ao menos 30 escolas de Caxias do Sul

Greve dos professores segue em ao menos 30 escolas de Caxias do Sul


A greve dos professores da rede estadual de ensino segue em Caxias do Sul, mesmo após o governo anunciar, no último dia 13, o calendário de recuperação das aulas. Conforme levantamento realizado pelo Cpers/Sindicato do município, 10 colégios estão com paralisação total e outros 29 aderem parcialmente o movimento na cidade. Entretanto, a 4ª Cordenadoria Regional de Educação diverge dos números de instituições paralisadas, e afirma que apenas cinco escolas permanecem em greve total e 28 com atividades de modo parcial em Caxias do Sul.

De acordo com o novo calendário, as aulas devem ser ministradas em todos os sábados e o ano letivo encerra no dia 14 de janeiro. Além disso, nos casos dos professores que seguirem em greve, a recuperação pode se estender até abril de 2018, enquanto os professores que não aderiram à paralisação podem encerrar as atividades no dia 29 de dezembro.

O Diretor-Geral do Cpers na Serra Gaúcha, David Carnezella, diz que o calendário é um jeito do governo pressionar os professores. “Não adianta o governo vender a história de que tem um calendário de recuperação, pois cada escola tem que fazer o seu calendário. E outra, tem que ter os professores para cumprir o calendário, se não ele se torna inócuo. Se não tem professor, como é que vai recuperar?” indaga David.

Sobre o término da greve, David ratifica que ainda não há previsão de retorno. “Estamos reivindicando uma mesa de negociação, com propostas. Não podemos voltar às escolas sem garantias de um ganho real”, garante.

A Coordenadora da 4ª CRE, Janice Moraes, considera que o calendário oficial ainda vai ser discutido nas instituições e que as orientações da Secretaria de Educação visam nortear o planejamento das escolas que estão retomando as aula. “As escolas que optaram por voltar têm até o dia 20 deste mês para reunir o conselho escolar, criar e elaborar a integralização do calendário e nos entregar, para que a gente analise. Têm que ser uma recuperação de qualidade, até mesmo para valorizar o próprio movimento”, avalia Janice.

Na manhã desta terça-feira, 17, os docentes se mobilizaram em frente à Praça da Matriz, em Porto Alegre, para cobrar do governo uma solução à greve e pressionar contra a votação das PLs e PECs. (Foto: Facebook/Divulgação/Cpers)