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Gramado Parks desiste de suspensão do pagamento de dívidas

Empresa havia conseguido a interrupção da quitação de débitos por 60 dias

Snowland está entre os empreendimentos da Gramado Park (Foto: Divulgação)
Snowland está entre os empreendimentos da Gramado Park (Foto: Divulgação)

O caso das dívidas da Gramado Parks, responsável por diversas atrações turísticas como o Snowland, teve reviravolta nos últimos dias. Conhecida também por empreendimento imobiliários, a empresa desistiu do processo que suspendia o pagamento dos débitos por 60 dias, após mudar de diretoria. A medida costuma ser utilizada para os negócios ganharem fôlego enquanto um pedido de recuperação judicial é estruturado.

A Gramado Parks chegou a conseguir, na Justiça, suspender os pagamentos das dívidas por dois meses. Dentro desse montante que deixaria de ser pago, estaria o valor destinado ao certificado de recebíveis imobiliários (CRI). A justificativa seriam “condições macroeconômicas”, como o aumento da inflação e dos juros, prejudicando a empresa, já enfraquecida pela Covid-19.

Entretanto, quatro fundos imobiliários que alegam deter 100% do capital social da Gramado Parks – o Star, o Serra Verde, o Funparks e o Amsterdam – entraram com recurso para barrar a decisão judicial.

A alegação é de que o pedido de recuperação judicial jamais foi deliberado nas assembleias gerais extraordinárias. Outro argumento é de que os requerentes sequer comprovaram a dificuldade financeira apresentada, “conforme reconhecido no próprio laudo de constatação prévia.”

A Justiça manteve a suspensão dos pagamentos, mas retirou a decisão que impedia a mudança na direção da empresa. A partir daí, Anderson Caliari deixou a gestão da Gramado Parks. O cargo foi ocupado por Ronaldo Costa Beber Teixeira e, dessa forma, a empresa gaúcha entrou com o pedido de desistência do processo que barraria os pagamentos por 60 dias.

No pedido de desistência, os novos advogados da empresa alegam que a medida ia contra os interesses da companhia, dos acionistas e dos credores. No documento, consta ainda que “visava a atender apenas um interesse próprio do ex-administrador, de blindar os seus atos ilícitos, perpetuando-se no cargo.”

Além de ser dona do Snowland e do Acquamotion, a Gramado Parks possui também empreendimentos em cidades como Foz do Iguaçu (PR), Rio de Janeiro (RJ) e na região nordeste do Brasil.