Comportamento

"Gramado é o lugar da desigualdade", afirma pesquisadora em serviço social

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"Gramado é o lugar da desigualdade", afirma pesquisadora em serviço social
Pesquisadora palestrou sobre o sistema de assistência social em Gramado (Foto: Voltencir Fleck/especial)

Gramado é o lugar da desigualdade”, sintetizou a doutora em Serviço Social Berenice Rojas Couto durante a 11ª edição da Conferência Municipal de Assistência Social realizada em Gramado na sexta-feira, dia 21, para tratar sobre a garantia de direitos no fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas).

Para ela, que palestrou durante a conferência, a cidade apresenta duas faces muito distintas. “De um lado é o glamour, a cidade do turismo, linda, bonita, bem organizada, e de outro lado as pessoas com muita dificuldade de sobreviver nessas condições aqui e que tem que ser atendidas”, avalia.

A profissional defende que é preciso equilibrar essa relação e, para isso, a definição de políticas públicas eficazes é fundamental. Para isso, ela propõe uma reflexão sobre a implantação do Suas na prestação de serviços e na execução das ações a partir da realidade atual de crise e contingenciamento de recursos.

Por isso, segundo ela, é preciso ter clareza de que a discussão das políticas públicas precisa ser voltada às “pessoas que têm dificuldade de se inserir no mundo que a gente vive hoje por inúmeros motivos”. Inclusive em Gramado.

A coisa mais importante disso é que as políticas públicas aqui tenham espaço, que convivam, que essas pessoas tenham atendidos seus direitos e que elas também possam gozar dessa cidade tão bonita. A cidade é para todos, inclusive para essas pessoas mais pobres”.

E, para que essas pessoas possam viver plenamente a cidade, é fundamental, segundo Berenice, que elas sejam atendidas em suas necessidades básicas. E, para isso, Gramado tem que assumir o seu papel como administração pública e combater as desigualdades.

Nós temos pobreza, temos moradores de rua, tempos pessoas que enfrentam dificuldades, temos pessoas que precisam de trabalho e não tem, temos trabalho desprotegido, precarizado, essas discussões precisam ser feitas”, desafia a pesquisadora.

Segundo ela, este desafio é o mesmo em todo o país.

Queremos que a população seja atendida nos seus direitos, queremos ter recursos, queremos que o país pense na sua população, deixe de comprar deputados, deixe de usar dinheiro indevidamente e use nas políticas sociais”, sintetiza.

*reportagem de Voltencir Fleck