Brasil

Governo federal propõe a servidores da educação reajuste de 9% em 2025

Sindicato classificou proposta de "irrisória e decepcionante"

(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Na tarde desta sexta (19), o governo federal lançou uma proposta abrangente de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos das universidades e institutos federais, em meio a uma greve que afeta boa parte do país. A iniciativa visa oferecer um reajuste salarial significativo aos profissionais, em um cenário marcado por intensas negociações sindicais.

Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a proposta prevê um aumento de 9% nos salários dos servidores a partir de janeiro de 2025, seguido por outro aumento de 3,5% em maio de 2026. O anúncio foi feito durante a quarta reunião da Mesa Específica e Temporária, dedicada ao debate sobre a reestruturação da carreira.

A apresentação da proposta ocorreu na sede do MGI, em Brasília, e contou com a participação de representantes sindicais e autoridades governamentais. Além dos ajustes salariais, o governo propôs melhorias nas condições de trabalho, incluindo a verticalização das carreiras com uma matriz única de 19 padrões, redução do interstício para progressão por mérito de 18 para 12 meses, e mudanças nos prazos para alcançar o topo das carreiras, reduzindo-os para 18 anos.

Anteriormente, o governo já havia formalizado uma proposta de reajuste nos benefícios para todos os servidores federais em 2024, incluindo um aumento expressivo no auxílio-alimentação, no auxílio-saúde e no auxílio-creche.

Entretanto, o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) classificou a proposta como “irrisória e decepcionante”. Os servidores reivindicam uma recomposição salarial mais substancial, além da reestruturação das carreiras e a revogação de normas que prejudicam a educação federal.

Diante da aparente insuficiência da proposta governamental, a tendência é que a greve continue, conforme indicado pelo Sinasefe. A decisão final dos servidores será tomada após consultas às assembleias locais e discussões em plenária nacional.

*Via Agência Brasil