O governo do Estado, por meio do Tesouro do Estado, repassou, nesta terça-feira (10), R$ 110 milhões para a Secretaria da Saúde (SES) com o objetivo de colocar em dia o pagamento de fornecedores de medicamentos no Rio Grande do Sul, sanando um atraso que há anos caracterizava o setor no Estado. O pagamento em dia desses fornecedores, administrado pela Tesouraria da SES, é fruto do ajuste fiscal e da reorganização do fluxo de caixa, o que tem promovido melhorias expressivas nas contas públicas.
Segundo o subsecretário do Tesouro, Bruno Jatene, a expectativa é que essa pontualidade se mantenha. Atualmente, o custo da SES com medicamentos é em torno de R$ 25 milhões a R$ 35 milhões por mês. O pagamento desses fornecedores já chegou a registrar atrasos superiores a 360 dias. Em dezembro de 2018, o valor em aberto com os fornecedores de medicamentos era na ordem de R$ 245 milhões, que vinha sendo quitado pelo Tesouro do Estado.
Para Luiz Gustavo Antonacci, chefe da divisão de programação financeira do Tesouro do Estado, a nova sistemática “facilita a condução operacional na medida em que os processamentos passarão a ocorrer sem a necessidade de atendimento pontual, já que o fluxo passa a ser automatizado e regular”.
Fornecedores da Tesouraria Central
Com os avanços na gestão do fluxo de caixa e as reformas estruturantes, diversos pagamentos também foram colocados em dia em 2020. Além da folha do Executivo regularizada desde novembro do ano passado, foram colocados em dia os pagamentos da Tesouraria Central – administrada pelo Tesouro do Estado e que reúne a maior parte dos fornecedores correntes da administração pública.
Serviços como limpeza, aluguéis, telefonia, água, energia, transporte escolar e merenda escolar estão com pagamentos em dia depois de registrarem atrasos próximos a 60 dias no passado. A Tesouraria Central tem como responsabilidade, nessa gama de pagamentos, cerca de R$ 45 milhões mensais.