O governo do Peru determinou neste sábado, 21, o fechamento do acesso a Machu Picchu, ponto turístico importante, por questões de segurança devido aos protestos que assolam o país desde a destituição de Pedro Castillo, presidente eleito do país, após uma fracassada tentativa de golpe em dezembro do ano passado. Os manifestantes pedem a renúncia de Dina Boluarte, que era vice-presidente e assumiu o poder após a saída de Castillo. De acordo com comunicado divulgado pelo Ministério da Cultura peruano, a medida ficará em vigor por tempo indeterminado. “Determinou-se o fechamento de rede de trilhas incas e da llaqta (cidadela) de Machu Picchu, ante a conjuntura social e para salvaguardar a integridade dos visitantes”, diz a nota. De acordo com a AFP, o serviço ferroviário da cidade de Cusco a Machu Picchu foi suspenso por problemas nos trilhos da via que teriam sido causados por manifestantes.
Além da saída de Boluarte, os peruanos que estão nas ruas também exigem fechamento do Congresso, antecipação das eleições gerais para este ano e a convocação de uma Assembleia Constituinte. Na última semana, os protestos ficaram ainda mais violentos e chegaram a Lima, capital do país, tomando proporções ainda maiores e gerando cenas de caos, com incêndio em prédio e confrontos com as forças de segurança. Até o momento, 59 pessoas morreram, de acordo com fontes sanitárias. Para tentar interromper os protestos, o governo peruano decretou estado de emergência em Lima por 30 dias, medida que autoriza a interferência do Exército em conjunto com a polícia para manter a ordem pública. As regiões de Cusco, Puno e o porto de Callao também estão inclusas no decreto que passou a valer no último domingo, 15.
Com informações da Jovem Pan