Cidades

Governo do Estado anuncia criação de cidades provisórias para desabrigados das enchentes

São Leopoldo, Porto Alegre, Canoas e Guaíba são os quatro municípios que terão 'cidade provisória' criada pelo governo

Porto Alegre é um dos quatro municípios que terá 'cidade provisória' criada pelo governo
| Foto: Diego Vara/REUTERS
Porto Alegre é um dos quatro municípios que terá 'cidade provisória' criada pelo governo | Foto: Diego Vara/REUTERS

Em uma ação emergencial para lidar com os milhares de desabrigados no estado, o governo do Rio Grande do Sul planeja contratar empresas até a próxima semana para montar “cidades provisórias”. O anúncio foi feito pelo vice-governador Gabriel Souza (MDB), que detalhou o plano de construção de quatro cidades temporárias para abrigar parte dos 77 mil desabrigados.

Detalhes do Plano

Os espaços temporários, descritos como “abrigos qualificados”, serão erguidos nos municípios de São Leopoldo, Porto Alegre, Canoas e Guaíba. Esses locais servirão como moradia temporária até que os desabrigados possam acessar políticas habitacionais mais permanentes, como aluguel social, aluguel solidário, ou casas temporárias e definitivas.

Em Porto Alegre, a cidade provisória será instalada no Porto Seco, enquanto em Canoas será no Centro Olímpico Municipal. Em São Leopoldo, o Parque de Eventos foi o local escolhido. No entanto, em Guaíba, o local ainda não foi definido pelo governo.

Estrutura dos Abrigos

Os abrigos serão equipados com cômodos familiares e espaços coletivos, incluindo cozinhas e lavanderias. Além disso, fornecedores de chuveiros, produtos de lavanderia, e espaços para pets e convivência social serão contratados emergencialmente. “Pela experiência em desastres, muitas pessoas que estão nos abrigos ou em casas de terceiros tendem a voltar para suas casas ou a participar de programas de aluguel social. No entanto, para aqueles que não conseguirem uma solução imediata, precisamos oferecer uma alternativa digna”, afirmou Souza.

O vice-governador destacou a importância de criar um ambiente com qualidade e conforto mínimo, longe das condições improvisadas de ginásios e abrigos temporários em universidades e clubes, que precisam retomar suas atividades normais. “Será um local com o mínimo de qualidade e conforto”, acrescentou Souza.

Prioridade de Ação

Os quatro municípios escolhidos para receber as cidades provisórias concentram 67% dos desabrigados. A urgência na construção desses abrigos reflete a necessidade imediata de proporcionar um refúgio seguro e confortável para as pessoas afetadas pelas chuvas. “Na linha do tempo, a máxima urgência para o governo são as cidades provisórias,” destacou o vice-governador.

Apesar do anúncio, ainda não há uma data específica para a instalação das famílias nesses novos espaços. A administração estadual está empenhada em resolver a situação o mais rápido possível, garantindo que os desabrigados possam encontrar um lar provisório até que soluções habitacionais mais permanentes estejam disponíveis.

Desdobramentos Futuros

A iniciativa de construir cidades provisórias é parte de um esforço maior para enfrentar as consequências dos desastres naturais que têm assolado o estado. A medida visa não apenas fornecer abrigo imediato, mas também criar condições para que as famílias possam se restabelecer e reintegrar à comunidade com dignidade e segurança.