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Governo de SP anuncia nesta segunda plano estadual de vacinação da CoronaVac

Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O plano estadual de vacinação da CoronaVac será anunciado nesta segunda-feira (7) pelo governo de São Paulo.

A previsão do governo paulista é que a vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan comece a ser aplicada na população em janeiro de 2021.

A vacina ainda está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O envase da matéria-prima recebida na semana passada começa a ser feito nesta segunda.

Na semana passada, o governo estadual afirmou que o relatório final dos testes deve ser enviado ao órgão ainda em dezembro e que não deve ser necessário solicitar o uso emergencial da vacina.

Em coletiva de imprensa na última quinta (3), o governador criticou o anúncio feito pelo governo federal de que o calendário de vacinação nacional deve começar em março de 2021. A CoronaVac ainda não foi incluída no plano do Ministério da Saúde.

Segundo Doria, a vacinação em São Paulo será realizada mesmo sem investimento do governo federal.

“Na segunda-feira (7) vamos apresentar o programa estadual de imunização completo, com cronograma, com setores que são priorizados, volume de vacinas, logística. Todos os processos serão apresentados.”

A vacinação deve começar pelos profissionais de saúde e pessoas acima dos 50 anos. A campanha deve ser similar a da gripe, que ocorre anualmente em todo o país.

Governo federal

O governo federal divulgou em 1º de dezembro a estratégia ‘preliminar’ para a vacinação dos brasileiros no próximo ano. Nesse calendário, a CoronaVac não é citada pelo Ministério da Saúde.

A vacina está na fase final de testes e já tem previsão de distribuição no Brasil.

Em outubro, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, chegou a anunciar em uma reunião virtual com mais de 23 governadores, a compra do imunizante, mas, menos de 24 horas depois, a aquisição foi desautorizada pelo presidente Jair Bolsonaro.

No dia 2, a Anvisa disse que irá aceitar que empresas desenvolvedoras de vacinas contra a Covid-19 solicitem o “uso emergencial” no Brasil e divulgou os requisitos para o pedido.

O “uso emergencial” é diferente do “registro sanitário”, que é a aprovação completa para uso de um imunizante. O registro definitivo depende de mais dados e da conclusão de todas as etapas de teste da vacina.

Por conta dos embates políticos, o governo de São Paulo já vinha anunciando planos alternativos para vacinar a população do estado, caso a vacina não seja incorporada ao Programa Nacional de Imunização.

Matéria-prima

O governo de São Paulo já recebeu 120 mil doses prontas da vacina, além da carga de insumos que pode virar até 1 milhão de doses.

Os insumos são os “ingredientes” necessários para a finalização da vacina no país. Caberá ao Butantan concluir a etapa final de fabricação.

Ao todo, pelo acordo fechado, o Butantan receberá do laboratório chinês 6 milhões de doses prontas para o uso e vai formular e envasar outras 40 milhões de doses.